O avião que conduzia o vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária), e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), que estavam em missão oficial ao México apresentou falhas durante escala em Cali, na Colômbia. Outra aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) foi enviada para busca-los com previsão de retorno a Brasília nessa sexta-feira (29).
Segundo nota do ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, pasta comandada por Alckmin, o avião teve falhas e uma de suas mangueiras, que precisou ser substituída.
“Embora a aeronave apresentasse condições de seguir em direção ao Brasil, a Força Aérea, como medida de cautela, recomendou que o vice-presidente estendesse sua parada até que outra aeronave fosse deslocada do Brasil para completar a missão”, escreve a nota.
A aeronave enviada pela FAB decolou às 10h e tem retorno previsto para cerca de 21h, em Brasília. Segundo a assessoria, todos passageiros que estavam a bordo “estão bem e em segurança”.
A comitiva formada pelo vice-presidente e ministros viajou para realizar uma reunião de trabalho com a presidente do México, Claudia Sheinbaum, e parte de sua equipe ministerial, para abrir mercados em meio ao tarifaço imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros.
O encontro resultou na assinatura de um documento para atualizar o Acordo de Comércio Exterior e Investimento Recíproco, em vigor há mais de 20 anos. Segundo Alckmin, o objetivo é ampliar a complementariedade econômica entre os dois países.
A agenda incluiu ainda temas estratégicos como a indústria da defesa, com destaque para o cargueiro C-390 da Embraer, empresa que já possui fábrica no México com mais de mil colaboradores.
“Avançamos no agro, abrindo o mercado para pêssego, aspargos e derivados de atum. Já tínhamos aberto o mercado para o abacate e eles abriram para farinha, bovinos e suínos. Ou seja, ração animal, para suínos e bovinos. Também pedimos que a rastreabilidade não interrompa a corrente de comércio. Foi positivo”, destacou Alckmin à jornalistas nessa quinta-feira (28).
Outro caso
Em outubro do ano passado, algo semelhante aconteceu com o avião que levava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Curiosamente, ele também voltava de uma agenda no México.
Na ocasião, a aeronave que traria de volta o presidente após a posse da presidente mexicana Cláudia Sheinbaum teve um problema técnico depois de decolar do Aeroporto da Cidade do México.
O avião ficou cerca de cinco horas no ar, voando em círculos, para despejar combustível, numa altitude média de quase 4 mil metros do solo. Só depois voltou ao mesmo aeroporto para o presidente e comitiva trocarem de aeronave. (Com informações do jornal O Globo e da Agência Brasil)