Um homem de 52 anos agrediu um cachorro da raça pit bull a pauladas para defender a própria neta, de 4 anos, de um provável ataque do animal. De acordo com a Polícia Militar, o animal ficou solto na rua e passou a morder o gato do avô da criança até a morte. Depois, o cachorro foi na direção da menina e o homem pegou um pedaço de madeira, golpeando várias vezes o pit bull.
Conforme o boletim de ocorrência, após bater no animal para proteger a neta, o morador ligou para a polícia e fez a denúncia que um pit bull estava andando solto pelas ruas. Depois de agredir o cão, o avô da menina seguiu o animal até uma oficina localizada.
A polícia chegou ao local e encontrou o pt bull amarrado. Questionado, o dono da oficina alegou não ser o dono do animal e disse que ele constantemente aparece querendo água e comida. O Corpo de Bombeiros foi chamado e levou o animal para o prédio da corporação até que o dono aparecesse para buscá-lo.
O comerciante Juan Carlos Canamari Salazar contou que bateu no animal duas vezes com um pedaço de madeira para salvar a neta de um possível ataque. Segundo ele, o animal avançou na menina, mas recuou quando foi agredido com as pauladas.
“Ele estraçalhou o gato e em seguida partiu para cima da minha neta. Tive o instinto de bater nele para salvá-la, pois se ele tivesse conseguido realizar o ataque poderia ter acontecido o pior. Um animal como esse não pode estar à solta nas ruas. O dono é um irresponsável”, disse.
Segundo a Polícia Ambiental, o proprietário pode responder criminalmente por omissão de cautela da guarda do animal. A penalidade varia de acordo com a interposição do delegado da Polícia Civil, dependendo da gravidade da ocorrência envolvendo o animal.
O cabo da Polícia Ambiental, Everaldo de Lima, explicou que a competência para realizar captura de animais é do Corpo de Bombeiros e que o município não possui um centro de zoonoses para os animais resgatados ou capturados.
O soldado ressaltou também as orientações para os donos de animais de grande porte possam oferecer risco aos moradores. “O quintal deve ser murado ou cercado, sem buracos, para que o bicho não fuja. O animal furioso não faz distinção de pessoas ou outros animais. Ele ataca instintivamente e pode até matar uma pessoa”, finaliza.
O proprietário do pit bull se apresentou no Corpo de Bombeiros e levou o animal horas depois da ocorrência.
O caso ocorreu em Guajará-Mirim (RO). (AG)