O número de pessoas infectadas pelo coronavírus no mundo chegou a 104.901, com 3.556 óbitos, em 95 países e territórios – aponta um balanço feito pela agência AFP neste sábado (07), com base nos últimos dados de fontes oficiais.
Desde sexta-feira (06), às 14h (horário de Brasília), foram diagnosticados 4.059 novos casos de contágio e registradas 100 mortes. A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau) acumula 80.651 casos, com 3.070 óbitos. Entre sexta-feira, às 14h (horário de Brasília), e este sábado, também às 14h, surgiram mais 99 casos e 28 mortes no país.
No restante do mundo, registrava-se até este sábado 24.250 casos de pessoas infectadas (com 3.960 novos contágios) e 486 falecimentos (72 novos). Depois da China, os países mais afetados são: Coreia do Sul (6.767 casos, dos quais 483 novos e 44 mortos), Itália (5.883 casos, sendo 1.247 novos e 233 mortos), Irã (5.823 casos, dos quais 1.076 novos e 145 mortos) e Alemanha (785 casos e, destes, 251 novos).
Desde sexta-feira, às 14h, China continental, Itália, Irã, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Espanha, Reino Unido e Iraque registraram novos casos letais. Colômbia, Costa Rica e Maldivas anunciaram os primeiros casos em seu território.
Assim, desde o início da epidemia, a Ásia soma 89.044 contágios (3.131 mortes); a Europa, 9.274 (258); o Oriente Médio, 6.147 (149); Estados Unidos e Canadá, 264 (16); Oceania, 76 (2); América Latina e Caribe, 51; e África, 45. Este balanço foi feito com base em dados das autoridades nacionais compilados, assim como da OMS (Organização Mundial da Saúde).
Vídeos mostram desmaios
Vídeos que mostram pessoas caindo na rua e no transporte público na China têm viralizado na internet nos últimos dias. Mensagens associadas a eles dizem que se trata de uma reação à ocorrência de casos de coronavírus em Wuhan, na província de Hubei, na China.
Contudo, infectologistas afirmam que a infecção por coronavírus não é tão agressiva e os sintomas divulgados nos protocolos internacionais não incluem desmaios.
Além disso, as imagens não têm fonte, origem ou data dos registros que levem ao estabelecer uma relação direta das imagens com o vírus. Intérpretes de chinês dizem que o que é falado e mostrado nos vídeos também não fazem uma conexão específica com o surto atual.
A Embaixada da China no Brasil foi consultada pela reportagem, mas diz que não tem elementos que possam situar os vídeos nem dizer se eles são atuais.
O primeiro ponto apontado pelos especialistas é que a evolução dos sintomas também não é tão rápida e agressiva como os casos mostrados nos vídeos. “A instalação da gravidade da doença não é imediata, os sintomas têm uma evolução. Não é caminhar na rua e cair do nada”, explica o infectologista da Universidade de São Paulo (USP), Esper Kallas.
“O coronavírus causa uma doença respiratória e por isso tem sintomas como tosse e febre. É semelhante aos sintomas de uma gripe”, diz Esper Kallas, infectologista.
O infectologista do Instituto de Infectologia Emilio Ribas, Caio Rosenthal, também reforma que os sintomas aparecem paulatinamente.
“Não acontece na infecção por vírus que acometem vias respiratórias como o coronavírus de você ir dormir bem, acordar mal no outro dia e morrer em seguida”. Rosenthal acrescenta ainda que a taxa de infectados pelo novo vírus que chega a quadros graves é baixa. “É uma doença que ainda estamos aprendendo dia a dia, mas temos visto que são poucos os infectados que evoluirão para algo grave, como uma dificuldade aguda de respirar e até uma pneumonia grave.”