Um dos assuntos que mais tem gerado preocupação no Brasil e no mundo é o jogo virtual conhecido como “Baleia Azul”. O passatempo, disputado pelas redes sociais, propõe ao jogador uma série de 50 desafios macabros que vão desde a automultilação até o suicídio.
O game funciona como uma espécie de “siga o mestre”. Quem dita as regras e propõe os desafios é um mentor, que envia aos participantes mensagens com instruções sobre o que fazer e solicita fotos como prova do cumprimento das tarefas. Os jogadores geralmente são crianças e adolescentes, segmento que, além de ser mais suscetível à influência de terceiros, passa mais tempo em redes sociais.
Tudo começa tarefas simples, como assistir a filmes de terror, ouvir músicas psicodélicas e desenhar uma baleia em um papel. Com o passar dos dias, vêm desafios como se pendurar em lugares altos, causar ferimentos em si próprio ou mesmo tirar a própria vida.
Ao que tudo indica, o Baleia Azul teve início na Rússia em 2015, quando uma adolescente pulou do alto de um edifício e outra se atirou na frente de um trem. A preocupação com o jogo aumentou no ano passado, quando fontes divulgaram 130 suicídios supostamente vinculados a comunidades virtuais. Países como Inglaterra e França têm enviado alertas aos pais depois que adolescentes apareceram com cortes nos braços e outros sinais de mutilação.
No Brasil, uma menina de 16 anos morreu após se afogar em uma lagoa em Vila Rica (MT). A principal suspeita é de que ela participava do jogo da Baleia Azul. Também é investigada a participação de alunos de João Pessoa (PB) em grupos de automutilação e morte, nos quais os mentores estariam ameaçando quem tentasse desistir dos desafios.
