O BC (Banco Central) enviou à Justiça os dados do bloqueio das contas do casal João Santana e Mônica Moura e de suas empresas, realizado na semana passada após a deflagração da 23ª fase da Operação Lava-Jato. A ação foi determinada pelo juiz Sergio Moro, que decretou um bloqueio de até 25 milhões de reais de cada um dos investigados.
Somados, no entanto, o casal possuía 30,7 milhões de reais distribuídos em seis contas e, com isso, esse passa a ser o valor bloqueado. Em nome de Mônica Moura, estavam 28 milhões de reais. Com os outros envolvidos, o total foi de 38 milhões de reais. O marqueteiro teve 2,7 milhões de reais em suas contas bloqueados.
Na decisão, o juiz Moro havia estipulado o valor em 25 milhões de reais ao considerar “os valores milionários do supostos crimes [pagamentos ilegais só na Shellbill de 7,5 milhões de dólares]”. A empresa de marketing de Santana, a Polis, também teve seus ativos bloqueados – cerca de 400 mil reais.
Outros investigados da 23ª fase da Operação Lava-Jato também foram afetados: Zwi Scornicki, da empresa Eagle do Brasil, teve 5 milhões de reais bloqueados, e Fernando Migliaccio, 2 milhões de reais. A força-tarefa investiga se os depósitos feitos pelo operador Zwi Skornicki na conta de Santana na Suíça saíram do contrato da Petrobras para a plataforma P-52 ou de sondas fornecidas pela Sete Brasil, empresa sócia da estatal.
(AG)