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Banco Central indica que pode intensificar os cortes na taxa básica de juros

Em abril, a Selic foi reduzida de 12,25% ao ano para os atuais 11,25% ao ano -queda que representou uma intensificação em relação ao ritmo de corte das reuniões anteriores, de 0,75 ponto percentual. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) pode intensificar o ritmo de cortes na Selic (a taxa básica de juros da economia brasileira). A indicação dessa nova estratégia consta na ata da última reunião do comitê, divulgada nesta quinta-feira (02).

No dia 22 de fevereiro, o Copom anunciou o quarto corte seguido na taxa. Por unanimidade, o comitê reduziu a Selic em 0,75 ponto percentual, para 12,25% ao ano. Com a recessão econômica e as expectativas de inflação em queda, o comitê indica que os próximos cortes podem ser maiores do que o da reunião passada.

“Com expectativas de inflação ancoradas, projeções de inflação na meta para 2018 e marginalmente abaixo da meta para 2017, e elevado grau de ociosidade na economia, o cenário básico do Copom prescreve antecipação do ciclo de distensão da política monetária [redução da Selic]”, diz a ata.

A projeção de inflação do Copom para 2017 caiu em relação à estimativa prevista em janeiro e ficou em torno de 4,2%, abaixo do centro da meta de 4,5%. Para o próximo ano está ao redor de 4,5%. Para instituições financeiras consultadas pelo BC, a inflação ficará em 4,36%, em 2017, e em 4,5%, em 2018.

O Copom ressaltou que a aprovação e implementação de reformas fiscais são fundamentais para a sustentabilidade da desinflação e para a redução da taxa de juros ao longo do tempo. “Por fim, os membros do Copom destacaram a importância de outras reformas e investimentos em infraestrutura que visam aumento de produtividade, ganhos de eficiência, maior flexibilidade da economia e melhoria do ambiente de negócios. Estes esforços são fundamentais para a estabilização e a retomada da atividade econômica e da trajetória de desenvolvimento da economia brasileira”, diz a ata.

A redução da taxa Selic estimula a economia porque juros menores impulsionam a produção e o consumo em um cenário de baixa atividade econômica.

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