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Banco clandestino criava empresas no exterior para lavar dinheiro de propina de contratos da Petrobras, aponta Lava-Jato

(Foto: Banco de Dados)

A PF (Polícia Federal) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (07), a 32ª fase da Operação Lava-Jato com o objetivo de desmontar um suposto esquema de lavagem de dinheiro desviado da Petrobras por meio de um banco que não tem autorização para operar no Brasil e de offshores. O principal alvo da ação, batizada de Caça-Fantasmas, é Edson Paulo Fanton, que seria o responsável pelo FPB Bank, uma instituição bancária do Panamá. Ele foi conduzido coercitivamente para depor em Santos (SP).

De acordo com os investigadores, o FPB Bank agia “com o objetivo de movimentar contas em território nacional e, assim, viabilizar o fluxo de valores de origem duvidosa para o exterior, à margem do sistema financeiro nacional”. Para isso, segundo o Ministério Público Federal, usava os serviços da Mossak Fonseca para criar offshores em paraísos fiscais para clientes de modo a ocultar a real propriedade do dinheiro, como o originado de propinas pagas em função de contratos da Petrobras.

“Os serviços disponibilizados pela instituição financeira investigada e pelo escritório Mossack Fonseca foram utilizados, dentre diversos outros clientes do mercado financeiro de dinheiro ‘sujo’, por pessoas e empresas ligadas a investigados na Operação Lava-Jato, sendo possível concluir que recursos retirados ilicitamente da Petrobras possam ter transitado pela instituição financeira investigada”, afirma a PF.

A Mossak já foi alvo da 22ª fase Lava-Jato e é centro do escândalo Panama Papers. Os alvos da ação desta quinta-feira são funcionários e representantes do FPB Bank. Foram emitidos dez mandados de busca e apreensão e sete de condução coercitiva em São Bernardo, Santos e São Paulo nas casas e escritórios de funcionários do banco. Não há prisões. (Folhapress)

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