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Bando assalta empresa no Rio com viaturas clonadas da Polícia Civil

Um dos veículos encontrados estava parcialmente incendiado. (Foto: Reprodução)

Bandidos usando viaturas clonadas da Polícia Civil do Rio de Janeiro assaltaram funcionários de um centro de distribuição na Zona Norte da cidade, na madrugada desta quinta-feira (10). De acordo com relatos de testemunhas, oito homens usando uniformes semelhantes aos da corporação levaram três revólveres, cinco telefones celulares e um rádio comunicador da empresa.

Após o roubo, policiais militares do 41º BPM encontraram os carros — com a inscrição Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) — em uma outra rua, também na Zona Norte. Um deles estava parcialmente incendiado. O caso foi registrado na 21ª DP.

O roubo foi por volta das 4h. Policiais do batalhão de Irajá faziam um patrulhamento e, ao passarem em frente ao centro de distribuição, foram chamados por funcionários que relataram o assalto. Os agentes seguiram com as vítimas para a delegacia. Quando registravam a ocorrência, souberam que os carros usados pelos bandidos haviam sido abandonados.

PM exonerada

A tenente-coronel Gabryela Dantas, exonerada na última quarta (9), do cargo de coordenadora de comunicação da Polícia Militar do Rio, vai assumir o comando do 23º BPM, no Leblon. A oficial foi transferida após ataques pessoais ao repórter Rafael Soares, do EXTRA e O Globo, num vídeo publicado em rede social da corporação na terça (8). O batalhão que passa a ser comandado pela tenente-coronel Gabryela é responsável pelo policiamento de bairros da Zona Sul do Rio como Leblon, Ipanema, Gávea e Jardim Botânico. Para o cargo de coordenador de comunicação da PM, o comando da corporação nomeou o major Ivan Blaz.

O ataque da então porta-voz ao repórter ocorreu após a publicação de uma reportagem sobre o aumento do número de descarte de munição usada por policiais do 15º BPM (Caxias). A oficial afirmava, no vídeo, que o jornalista agiu de “forma maldosa” e que se aproveitou “da comoção nacional (uma referência à morte de duas meninas em Caxias, por bala perdida) para colocar a população contra a Polícia Militar”.

O vídeo foi apagado na tarde de quarta pelo perfil oficial da PM. Em nota, a Editora Globo, que publica os dois jornais, repudiou o vídeo em que a porta-voz classifica o jornalista como inimigo da corporação e ainda incentiva a população a divulgar a gravação. Afirma que “faz parte da prática jornalística diária lidar com críticas, contestações e pedidos de reparação de alguma informação”. Acrescentou, no entanto, que “não é papel de uma instituição de Estado atacar pessoalmente um profissional nem incitar a população contra ele”.

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