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BNDES pode financiar compra da portuguesa TAP por dono da Azul

David Neeleman, que adquiriu a companhia aérea TAP. (Foto: Joel Silva/Folhapress)

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) pode financiar a compra de 61% da companhia aérea portuguesa TAP pelo investidor americano nascido no Brasil David Neeleman, dono da Azul.

Neelman recebeu do BNDES uma carta indicando que o banco tem instrumentos para financiar a compra da TAP e que estaria disposto a avaliar crédito para a operação.

“A carta foi um gesto positivo do banco para a operação de Neeleman, mas ficou nisso até aqui. Não existe um passo além disso, como enquadramento da operação”, disse uma fonte no BNDES.

A carta do banco foi uma das várias de instituições bancárias anexadas à proposta do consórcio Gateway, liderado pelo dono da Azul.

O projeto de Neeleman acabou vencedor da concorrência, que foi aberta pelo governo português.

O português “Jornal de Notícias” e a emissora TVI informaram que tiveram acesso à proposta do consórcio Gateway. Segundo os dois veículos de comunicação, o documento diz que seria uma questão de tempo para o banco fazer parte do consórcio.

Segundo o “Jornal de Notícias”, a proposta diz que o consórcio está “confiante” de que o banco se juntará ao grupo “dentro de semanas”.

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, porém, o banco de desenvolvimento, porém, não cogita ter participação societária na TAP.

O que o BNDES está disposto a analisar é um financiamento à compra via sua linha de internacionalização de empresas. Essa linha foi usada, por exemplo, pelo frigorífico brasileiro JBS na compra das operações da Swift Co., na Argentina, em 2005.

O apoio do BNDES à operação, no entanto, segue em estágio inicial. Entre outros fatores, o banco ainda desconhece os possíveis futuros benefícios da operação para a malha da Azul e Brasil.

Neeleman e o sócio Humberto Pedrosa, 15º homem mais rico de Portugal, vão injetar pelo menos € 338 milhões na empresa e modernizar a frota com 53 aviões novos. Eles assumem ainda dívidas que somam € 1 bilhão. (Bruno Villas Bôas/Folhapress)

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