Boa programação no museu

Gasparotto   

“O piquenique é a tríplice fusão das algibeiras, dos estômagos e dos corações.”

Machado de Assis

• As casas de cultura e os museus de Porto Alegre estão proporcionando programações variadas e atraentes. Domingos Montagner e seu espetáculo “Rádio Variété, na rua com você” levou muita gente à Travessa dos Cataventos, na Casa de Cultura Mario Quintana. A Noite dos Museus igualmente registrou grande êxito. No feriado de Corpus Christi, o Museu Joaquim Felizardo, com sol firme iluminando seus recantos, teve um concorrido piquenique e visitação ao acervo.

• Instalado na morada de Lopo Gonçalves Bastos, um dos belos prédios do início do século XIX que sobreviveu à volúpia das demolições para erguer monstrengos, o museu proporciona conhecer os modismos e estilo de vida dos primórdios da capital. Maria Helena Pozzebom e seu irmão, João Pedro Silveira de Ávila, estiveram percorrendo as salas, entre elas as dos painéis com antigas imagens da cidade.

• As exposições a respeito dos pais de santo, das religiões Afro-Brasileiras, prenderam minha atenção e tive boas informações de Letícia Bauer, diretora da casa. Fiquei conhecendo Mestre Borel, isto é Walter Calisto Ferreira, que viveu na Restinga, e Mãe Rita. Ainda no mesmo espaço, informações sobre o Mestre Batista, profissional especialista nos tambores conhecidos como “sopapos”, instrumento afro-gaúcho.

• Temas das religiões da cidade, que conforme Carlos Galvão Krebs têm fortes centros, pela autenticidade dos ritos e devoções. Uma das razões, segundo Krebs, sempre foi a ausência de curiosos e turistas, ao contrário de cidades brasileiras em que os centros religiosos são turísticos.

• A grande área arborizada dos fundos do museu esteve repleta de visitantes que aproveitaram a tarde até o cair do sol. Leticia Bauer comentou a programação do museu, que deverá proporcionar novos encontros.