A um mês de um referendo sobre uma nova reeleição, o presidente da Bolívia Evo Morales celebrou dez anos no poder em uma cerimônia indígena no sítio arqueológico de Tihuanaco, a 60 quilômetros de La Paz. O presidente agradeceu ao apoio dos movimentos sociais e indígenas em um momento no qual as pesquisas de opinião indicam que ele não é o favorito absoluto para vencer a votação.
“Não sei como esses dez anos se passaram. Foram dez anos de mudanças, principalmente porque dirigentes de distintos setores refletiram”, disse Morales. Graças a eles, garantimos dinheiro para a unidade social e os movimentos sociais garantiram estabilidade política. Isso permitiu a prosperidade econômica”, afirmou ele.
Na última década, o presidente aproveitou-se dos altos preços do gás natural no mercado internacional e conseguiu reduzir a pobreza no país. Em 2006 e 2014, o PIB (Produto Interno Bruto) da Bolívia cresceu em média 5,1% ao ano.
“Conseguimos avançar com nossa revolução democrática e pacífica, cultural e social”, acrescentou. “Quero agradecer ao povo boliviano por ter me acompanhado. Obrigado aos dirigentes sindicais e ao povo.”
Popularidade
Morales foi reeleito para um mandato de cinco anos, com 61% dos votos. Além dele, também concorreram à presidência Samuel Doria Medina, empresário do ramo de cimento; Jorge Quiroga, que foi vice-presidente do país por quatro anos e, em seguida, assumiu como presidente pelo período de um ano; o prefeito de La Paz, Juan del Granado, e o líder indígena Fernando Vargas.
Eleito pela primeira vez em 2005, Morales é o primeiro presidente indígena boliviano, povo que representa cerca de 60% da população do país. Ele tem um dos índices de popularidade mais altos do continente.
