O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta nesta sexta-feira (28) e renovou seu recorde de pontuação. A bolsa subiu 0,45%, aos 159.072 pontos. O dólar, por sua vez, fechou em queda de 0,31%, negociado a R$ 5,3351. Investidores reagiram a indicadores brasileiros em uma sessão de pregão reduzido nos Estados Unidos.
Entre os destaques, estão a queda do desemprego ao menor nível desde 2012 e anúncios de empresas sobre remuneração aos acionistas. No exterior, a expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve em dezembro segue influenciando os mercados.
Desemprego
A taxa de desemprego no Brasil recuou para 5,4% no trimestre móvel encerrado em outubro, segundo a Pnad Contínua divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O indicador caiu nas duas bases de comparação. Frente ao trimestre anterior, houve redução de 0,2 ponto percentual (de 5,6% para 5,4%). Na comparação anual, a queda foi ainda mais intensa: 0,7 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2024, quando o índice estava em 6,2%.
A população desocupada também atingiu o menor patamar da série, somando 5,9 milhões de pessoas. O contingente caiu 3,4% no trimestre (menos 207 mil pessoas) e 11,8% em 12 meses (menos 788 mil).
Paralisação
Os mercados futuros globais registraram horas de paralisação nesta sexta-feira após uma das mais longas interrupções já identificadas pelo CME Group, maior operadora de bolsas do mundo.
A falha suspendeu negociações de ações, títulos, commodities e moedas, impactando contratos relevantes em diferentes regiões. Por volta das 10h35 (horário de Brasília), as operações foram retomadas após mais de 11 horas de instabilidade, segundo dados da LSEG.
A CME informou que o problema foi causado por falhas no sistema de resfriamento dos data centers da empresa CyrusOne, que atende clientes na área de Chicago. A interrupção afetou contratos importantes, como pares de moedas na plataforma EBS, futuros de petróleo WTI, índices Nasdaq 100 e Nikkei, além de ouro e óleo de palma.
“É um sinal negativo para a CME e um lembrete da importância da estrutura de mercado e de como tudo está interconectado”, afirmou Ben Laidler, estrategista do Bradesco BBI. Ele destacou que o impacto foi limitado pelo baixo volume de negociações em razão do feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos. “Poderia ter sido muito pior. Será um dia de volume muito baixo… Haveria dias piores para um colapso como esse”, completou.
Os contratos futuros são essenciais para investidores e empresas que buscam proteção ou manutenção de posições. Sem preços atualizados, muitos corretores evitaram negociar por horas.
