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Bolsonaro autorizou a Secretaria de Administração a contratar uma empresa para cavar um “poço profundo” no Palácio do Planalto

Ministros do Palácio do Planalto que tiveram resultado negativo decidiram trabalhar normalmente. (Foto: Agência Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro autorizou a Secretaria Especial de Administração da Presidência da República a contratar empresa para perfurar o solo no Palácio do Planalto em busca de água.

A obra vai custar R$ 158 mil. Os custos incluem os “serviços de perfuração de poço tubular profundo, fornecimento e instalação de bomba submersa, instalações elétricas, sistema hidráulico e impermeabilização de reservatório de água que já existe no subterrâneo do palácio, com capacidade para 600 mil litros”.

Trata-se de um poço artesiano com mais de 100 metros de profundidade. A equipe da Secretaria-Geral convenceu Bolsonaro a cavar o poço diante de suposta “escassez de água potável para consumo humano e de saneamento básico”.

A Presidência da República pretende diminuir o consumo de água potável, utilizando a água do poço “para usos menos nobres”, como a irrigação de gramados.

“Considerando o grande volume de água bruta a ser reservada e a área onde se pretende instalar o sistema, importante centro político e histórico do Brasil, propõe-se a utilização do reservatório subterrâneo existente (que tem capacidade de aproximadamente 600 mil litros) do sistema de reuso do Palácio do Planalto, o que evitaria grandes obras no rico complexo arquitetônico”, justifica a Presidência.

Aquecimento da piscina

O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse durante pronunciamento no dia 24 – data em que o ex-ministro Sérgio Moro pediu demissão –, que desligou o aquecimento da piscina do Palácio da Alvorada e que essa é uma das medidas tomadas por ele para economizar gastos públicos. No entanto, o que viralizou na internet foi a informação de que o local tem aquecimento por energia solar desde o governo de Fernando Henrique Cardoso.

A ex-presidente Dilma Rousseff, que residiu no Palácio da Alvorada por cinco anos e meio, confirmou em entrevista à revista Época que a piscina do Alvorada tem aquecimento solar, e não elétrico.

A assessoria de imprensa da Presidência disse que o aquecimento solar não funciona desde o início de 2019. “Por esta razão, estava sendo ativado apenas o aquecedor elétrico”, explicou. Ainda de acordo com a assessoria, quando Bolsonaro “percebeu” que a água era quente e obteve a informação que o aquecimento era elétrico, teria mandado que fosse desativado.

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