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Bolsonaro deve ficar nos Estados Unidos até abril e planeja ida à Europa em maio

Condenação pode tornar ex-presidente inelegível por oito anos. (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não deve voltar ao Brasil no final deste mês, como havia prometido em evento na semana passada. Governo autorizou servidores a acompanharem Bolsonaro na Flórida, nos EUA, até meados de abril.

Despacho permitiu que três servidores viajem até os Estados Unidos para “prestarem assessoria, segurança e apoio” ao ex-presidente em agendas internacionais nas cidades de Orlando, Flórida e Jacksonville entre 28 de março e 15 de abril. Os deslocamentos serão pagos com dinheiro público.

Bolsonaro ainda deve viajar pela Europa antes de voltar ao país. Segundo o jornal português “Correio da Manhã”, ele participará de um encontro em Lisboa da extrema-direita internacional, ao lado de Marine Le Pen (França) e Santiago Abascal (Espanha).

Assessores sugeriram participação em evento em Portugal. Ainda de acordo com o Correio, o organizador do evento foi contatado por assessores do ex-presidente, que propuseram a participação porque Bolsonaro também irá a Madri e Roma.

Bolsonaro partiu dois dias antes de encerrar o mandato e quebrou a tradição democrática de passar a faixa ao sucessor, Lula (PT).

Ele disse que voltaria em 29 de março. Em evento com empresários brasileiros em Orlando na semana passada, o ex-presidente disse que estava com a viagem de volta ao Brasil marcada para o fim do mês, mas que avaliaria a situação no país antes de tomar decisão final.

“A data marcada agora é dia 29 deste mês. Quando falta uma semana, a gente estuda a situação, como que está o Brasil, como tão os contatos aqui”, disse.

Ex-presidente disse acreditar que pode ficar inelegível. Ele responde a 15 ações que podem cassar seus direitos políticos, como a que investiga a reunião em que ele convocou embaixadores para falar mentiras sobre a urna eletrônica.

Armas dos Emirados

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que entregará “com dor no coração” as armas recebidas dos Emirados Árabes Unidos e disse que sua intenção era ficar com o armamento. Ele afirmou que também entregará as joias que disse ter recebido de autoridades da Arábia Saudita. Em entrevista à “Record TV”, o ex-presidente declarou ainda que pretende voltar ao Brasil no fim deste mês. Bolsonaro está desde 30 de dezembro nos Estados Unidos.

“Confesso: com dor no coração, vou entregar as armas. Com dor no coração”, disse. “Eu pagaria o que tenho no meu bolso aqui por aquelas duas armas, mas não vamos criar qualquer polêmica no tocante…”, afirmou o ex-presidente. Bolsonaro concedeu a entrevista na Flórida, onde participou de um evento com empresários numa universidade.

O ex-presidente disse que as armas estão em um quartel do Exército, mas não quis falar onde estão as joias. “Não vou falar por questões óbvias de segurança.”

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