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Bolsonaro disse que mostrará no Fórum Econômico Mundial o desejo de “fazer comércio com todo o mundo”

Viagem internacional será a primeira de Bolsonaro como chefe do Executivo. (Foto: Marcos Corrêa/PR)

Faltando menos de uma semana para embarcar rumo a Davos (Suíça), onde participará do Fórum Econômico Mundial, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nessa segunda-feira que pretende aproveitar o encontro para mostrar que o Brasil quer fazer comércio com o mundo todo.

“Eu mostrarei nosso desejo de fazer comércio com o mundo todo, prezando pela liberdade econômica, acordos bilaterais e saúde fiscal”, escreveu nas redes sociais. “Com esses pilares, o Brasil caminhará na direção do pleno emprego e da prosperidade. Espero trazer boas experiências e avanços ao nosso país.”

Bolsonaro deve embarcar no próximo domingo (20) para o encontro nos Alpes. Em sua comitiva devem estar alguns de seus ministros, como Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública), Paulo Guedes (Economia), Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).

A fala é uma sinalização distinta à feita pelo presidente durante a campanha eleitoral e o período de transição. Ele adotou tom crítico a alguns países como a China, e já chegou a dizer que os chineses queriam comprar o Brasil.

Nas últimas semanas, contudo, ele e sua equipe diminuíram o tom e passaram a adotar um discurso mais amistoso em relação ao país asiático, que é a segunda maior economia do mundo e um dos principais parceiros comerciais do País.

Ainda em postagem feita nessa segunda-feira, o presidente disse estar “confiante e feliz com essa grande oportunidade de apresentar a líderes do mundo todo um Brasil diferente, livre das amarras ideológicas e corrupção generalizada”, afirmou.

Esta será a primeira viagem de Bolsonaro ao exterior desde que assumiu a Presidência da República, no dia 1º de janeiro. É esperado que o chefe do Executivo brasileiro fale sobre medidas econômicas que pretende adotar em sua gestão, a exemplo da Reforma da Previdência e medidas desestatizantes.

O Fórum Econômico Mundial é um dos principais eventos econômicos do mundo. Ele reúne chefes de Estado e Governo e empresários de diversos países.

Apesar disso, os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, da França, Emmanuel Macron, e da Argentina, Mauricio Macri, já cancelaram as suas participações.

Mercosul

Ao dizer que vai priorizar negócios bilaterais, Bolsonaro mantém o suspense sobre qual papel terá o Mercosul em seu governo. Ele e o ministro da Economia, Paulo Guedes, já deram declarações de que o bloco formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai não estava entre as prioridades do governo.

As declarações são vistas com desconfiança pelo presidente argentino, Mauricio Macri, que desembarca nesta semana no Brasil para um encontro bilateral com Bolsonaro.

A agenda entre os dois mandatários ocorre em meio a um clima ruim em torno do futuro do Mercosul, já que a Argentina é um dos principais parceiros comerciais do Brasil.

Macri chegou a confirmar presença na posse de Bolsonaro, mas cancelou a agenda de última hora alegando que teria de viajar direto da Patagônia, onde passou o Réveillon.

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