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Bolsonaro diz que a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal ficaram mais eficientes com a saída de Sérgio Moro do Ministério da Justiça

O ex-ministro da Justiça foi criticado por Bolsonaro. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro criticou a atuação de dois de seus ex-ministros, que deixaram seus cargos no governo por desacordo com as posições do chefe do Executivo federal. Os alvos foram os antigos chefes da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e da Justiça, Sérgio Moro. As declarações foram dadas durante uma live.

Para Bolsonaro, caso Sérgio Moro ainda estivesse no governo, haveria pressão para nomeá-lo para a vaga de Celso de Mello no Supremo Tribunal Federal (STF). “Não sei se subiu alguma coisa na cabeça dele. Ele é que tem que responder isso. Se tivesse continuado no governo, esses que hoje me criticam estariam pressionando para colocá-lo no Supremo”, afirmou.

Segundo o chefe do Executivo, a produtividade das polícias Federal e Rodoviária Federal aumentaram após a saída de Moro do governo. “Desde quando ele saiu, não só a PF, como a PRF triplicaram as apreensões de drogas. Essas duas instituições se soltaram, aí sim, parece que com completa liberdade para trabalhar e está dando uma resposta excepcional para a sociedade”, disse.

Bolsonaro reforçou ainda seu compromisso com o combate à corrupção. A declaração ocorre após o presidente declarar ter acabado com a Operação Lava-Jato porque, segundo ele, não há mais corrupção no governo.

Luiz Henrique Mandetta foi chamado do “ministro marqueteiro” por Bolsonaro. O presidente ridicularizou o ex-ministro e chegou a falar de uma suposta previsão feita por Mandetta, de que o Brasil chegaria a “um milhão de mortos e que caminhões do Exército recolheriam corpos” de vítimas do novo coronavírus.

O antigo ministro da Saúde nunca chegou a estimar, ao menos publicamente, que o Brasil teria um milhão de mortos. A previsão que o ex-ministro fez, ainda em maio, foi de 150 mil óbitos pela Covid-19, marca que o país está prestes a atingir: já foram registradas 149.692 mortes.

Durante a live, Bolsonaro exaltou a “escalação” de sua equipe de ministros. “Quem tem que saber das coisas e trabalhar são eles, não sou eu. Eu supervisiono, eu sou técnico de futebol”, concluiu.

Paschoal

A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) responsabilizou o presidente Jair Bolsonaro pela decisão do ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), que soltou o traficante conhecido como André do Rap, apontado como chefe do PCC. Horas depois da decisão de Marco Aurélio, o presidente do STF, Luiz Fux, suspendeu a soltura do traficante.

Fux atendeu pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que solicitou a suspensão da liminar do ministro Marco Aurélio sob o argumento de que a decisão violava a ordem pública. André ainda não foi encontrado. Investigadores acreditam que ele tenha embarcado em um avião particular até o Paraguai.

Em uma resposta no Twitter à deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), Janaina escreveu: “Deputada, foi o Presidente Bolsonaro, seu ídolo, que sancionou essa pérola! Esqueceu?”, disse ela em referência ao pacote anticrime, projeto sancionado pelo presidente em dezembro de 2019 após aprovação do Congresso Nacional. E completou: “A população apoia a luta contra o crime, mas ELE NÃO!”.

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