O presidente Jair Bolsonaro comentou em sua live semanal as eleições para a presidência dos Estados Unidos, em novembro, e disse torcer pela reeleição de Donald Trump.
Respondendo a um questionamento, ele afirmou que, em caso de derrota do republicano para o democrata Joe Biden, que no momento lidera as pesquisas de intenção de voto, tentará aprofundar as relações comerciais com os americanos.
“Espero, é a minha torcida aqui, eu não vou interferir em nada, nem posso, nem tenho como, que o Trump seja reeleito. Eu acompanho a política americana”, declarou Bolsonaro.
Ao reforçar que torce pelo aliado, ele disse ter certeza que vai potencializar o relacionamento com Trump, mas que, “se der o outro lado”, vai procurar “obviamente fazer algo semelhante”.
“Se eles não quiserem, paciência, né? O Brasil vai ter que se virar por aqui. Mas eu acho que nessa área comercial tem muita coisa entre o Brasil e os Estados Unidos independentemente de qual partido, republicano ou democrata, esteja no poder. Eu torço pelo republicano dada a liberdade que eu tenho, que o Trump me deu, de ligar pra ele em qualquer momento que porventura precisar, ele está pronto para colaborar conosco. Então, eu espero que dê Trump, mas se não der a gente vai procurar aprofundar essa relação comercial nossa, porque afinal de contas o mundo todo cada vez mais está de olho no Brasil”, comentou o presidente.
Argentina
No meio da sua fala sobre as eleições dos Estados Unidos, ele disse que também acompanha a situação da Argentina, governada por Alberto Fernández. Bolsonaro lembrou que torceu pela reeleição de Mauricio Macri no ano passado e comentou:
“Olha como está a Argentina aí. O pessoal queria mudança. Mudou. Tudo pode mudar, para melhor ou para pior. E optaram pela demagogia, pela mentira de sempre, e aí temos um país-irmão que está com problema. E agora você pode falar com mais propriedade. Infelizmente já tem empresários argentinos indo para o Uruguai, vindo para o Brasil. Porque lá começou aquela política normal.”
A Argentina declarou uma quarentena rígida e tem números de casos e mortes na pandemia menores do que o Brasil, com um total de 119 mil casos e 2.178 óbitos, de acordo com a Universidade Johns Hopkins. No Brasil, são mais de 2 milhões de casos e quase 78 mil mortes.
