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Bolsonaro entra com recurso no Supremo contra depoimento presencial

Duas das viagens do ex-presidente foram oficiais (em junho e setembro de 2021) e uma pessoal (em dezembro). (Foto: Isac Nóbrega/PR)

O presidente Jair Bolsonaro entrou nesta quarta-feira (16) com um recurso no STF (Supremo Tribunal Federal) contra a decisão do ministro Celso de Mello que determinou que ele preste depoimento presencial no âmbito do inquérito que apura se houve tentativa de interferência política na Polícia Federal.

A defesa do presidente acionou o Supremo para garantir o direito de Bolsonaro prestar o depoimento por escrito, uma prerrogativa que foi garantida ao então presidente Michel Temer em duas ocasiões distintas pelo próprio STF.

Um dos precedentes usados pela AGU (Advocacia-Geral da União) foi uma decisão de 2017, do ministro Luís Roberto Barroso, que permitiu que Temer apresentasse esclarecimentos por escrito sobre uma investigação envolvendo irregularidades no setor portuário. O ministro Edson Fachin, relator de um outro inquérito, aberto com base na delação da JBS, garantiu a Temer o mesmo direito.

O relator do caso no Supremo, ministro Celso de Mello, também autorizou o ex-ministro Sérgio Moro a enviar perguntas a serem respondidas pelo presidente. Os questionamentos deverão ser feitos por meio dos advogados do ex-ministro.

Em junho, em declaração no Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse acreditar no arquivamento do inquérito e que não via problemas em prestar depoimento pessoalmente.

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