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Bolsonaro ganhou mais de um minuto de direito de resposta no programa de rádio do candidato do PSDB, Geraldo Alckmin no rádio

Campanha do candidato do PSL (E) havia questionado conteúdo divulgado pelo tucano. (Foto: Reprodução)

A campanha do candidato do PSL ao Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro, ganhou o direito de resposta de um minuto e 14 segundos do adversário do PSDB, Geraldo Alckmin. Com isso, Bolsonaro poderá usar parte do programa do tucano no rádio.

A resposta deverá ser veiculada no início do bloco diurno do programa eleitoral gratuito. Ainda cabe recurso da decisão, proferida na tarde dessa quarta-feira pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

O advogado eleitoral de Bolsonaro, Tiago Ayres, havia questionado na Justiça uma peça publicitária do tucano que explora a fala do capitão reformado na sabatina do programa “Jornal Nacional”.

Na propaganda, um personagem diz: “A situação está muito feia, você ouviu, tá vendo, acompanhando, o candidato Bolsonaro? Ele foi ao Jornal Nacional e disse que votou contra os direitos das empregadas domésticas. William Bonner perguntou e olha só como ele respondeu”.

Em seguida, entra a voz de Bolsonaro: “Eu sou o único a votar contra, em dois turnos, então não houve erro da minha parte”. A personagem então emenda: “E ele ainda se orgulha. Toca de novo. Toda a peça tem exato um minuto e 14 segundos.

O ministro Luís Felipe Salmoão entendeu que o “direito de resposta não equivale a uma punição, ou limitação à liberdade de expressão, tampouco sua concessão significa não serem
verdadeiras as afirmações que foram feitas, mas apenas o regular exercício do direito constitucional de se contrapor”.

Mourão

O PRTB, partido do vice na chapa de Bolsonaro, general da reserva Hamilton Mourão, informou nessa quarta-feira que fará uma consulta ao TSE para saber se ele poderá substituir o titular em debates e eventos nos próximos dias.

Isso porque Bolsonaro está internado em uma unidade de terapia semi-intensiva do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, onde se recupera da facada que levou há uma semana, durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG).

A informação foi confirmada pelo próprio Mourão, que na terça-feira disse a jornalistas em Brasília que já tinha “o não” garantido. “Acho que vai haver um protesto por parte dos demais partidos, uma vez que isso ocorreu quando o Fernando Haddad, do PT, foi impedido de participar para o lugar do ex-presidente Lula”, comentou.

Conforme a nota divulgada pelo PRTB, o partido já deu uma procuração ao PSL para formalizar o pedido de substituição temporária junto ao TSE para os eventos com participação prevista do presidenciável: “Contudo, isso irá ocorrer somente caso o grupo à frente da campanha julgue realmente necessário”.

“A decisão final sobre o tema será dada em conjunto pela coligação PRTB/PSL. A saúde de Bolsonaro e os interesses patrióticos estarão sempre em primeiro plano”, conclui a nota.
No sábado, Mourão visitou o companheiro de chapa no hospital e descartou representá-lo em compromissos previamente agendados: “Ele é insubstituível”.

O general da reserva disse ainda que a campanha deve prosseguir por meio de vídeos gravados por Bolsonaro e divulgados nas redes sociais. Alguns filmes já estavam gravados e outros serão assim que ele estiver em condições, também de acordo com o candidato a vice.

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