O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) planeja ao menos quatro fusões entre ministérios para reduzir o primeiro escalão do futuro governo. Ao menos 15 pastas já estão definidas e esse número pode chegar a 17, de acordo com aliados (a administração do presidente Michel Temer tem 29):
– Casa Civil (assumindo funções do governo);
– Economia (fusão de Fazenda, Planejamento e Indústria, Comércio Exterior);
– Defesa;
– Saúde;
– Ciência e Tecnologia (com ensino superior);
– Educação, Esportes e Cultura;
– Trabalho;
– Minas e Energia;
– Justiça e Segurança;
– Integração Nacional ( com Cidades e Turismo);
– Infraestrutura, englobando Transportes;
– Gabinete de Segurança Institucional;
– Desenvolvimento Social (com Direitos Humanos);
– Relações Exteriores;
– Agricultura e Meio Ambiente.
Nomes já definidos
Até agora, quatro titulares já estão acertados para o primeiro escalão: Paulo Guedes (Economia), Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Augusto Heleno (Defesa) e Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia).
Economista com forte atuação no mercado financeiro e na iniciativa privada, Paulo Guedes é um dos fundadores do banco BTG Pactual e da BR Investimentos, que hoje é parte da Bozano Investimentos. Ele comandará uma “superpasta”, que unirá os ministérios da Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio.
Deputado federal eleito pelo DEM do Rio Grande do Sul e braço-direito de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni será o ministro da Casa Civil, ficando responsável pelas articulações políticas do Palácio do Planalto com o Congresso Nacional. Ele e o presidente eleito se conheceram na Câmara dos Deputados e são amigos desde 2003.
Nessa quarta-feira, Bolsonaro confirmou que o astronauta Marcos Pontes comandará a Ciência e Tecnologia – a partir de janeiro, quando assumirá o novo Executivo Federal, a estrutura deverá ser responsável também pelo Ensino Superior. Tenente-coronel da FAB (Força Aérea Brasileira) na reserva, Pontes foi o primeiro astronauta brasileiro a ir ao espaço, em 2006, durante o governo Lula. Em 2014, ele concorreu a deputado federal (PSB-SP), mas não se elegeu, e neste ano ficou na segunda suplência do senador Major Olimpio (PSL-SP).
General da reserva do Exército e também amigo próximo de Bolsonaro, Augusto Heleno chefiará a pasta da Defesa e Segurança. Ele ficou conhecido por ter sido o primeiro comandante militar da missão de paz da ONU (Organização das Nações Unidas) no Haiti em 2004. Heleno afirmou, logo após a eleição, que é uma “loucura” e uma “palhaçada” achar que generais vão mandar no governo de Bolsonaro. Ele disse que a suposta ameaça à democracia não existe e é fruto de preconceito contra o presidente eleito. “Isso é loucura. Isso só cabe na cabeça de quem não conhece. Nem nas Forças Armadas, nem o Bolsonaro, isso é uma palhaçada. É uma bobagem sem tamanho”, afirmou o general.
