Ícone do site Jornal O Sul

Bolsonaro leva time de evangélicos em comitiva para Belém

O presidente (E) também foi à festa dos 108 anos da Assembleia de Deus. (Foto: Alan Santos/PR)

Enquanto o STF (Supremo Tribunal Federal) criminalizava a homofobia e transfobia, em Brasília, Bolsonaro era acompanhado por um time de evangélicos em sua comitiva para Belém. A claque incluía os deputados Gilberto Nascimento, pastor Marco Feliciano e Cesinha da Madureira.

Todos subiram ao palco, para a entrega de imóveis do Minha Casa, Minha Vida. Dali o presidente foi à festa dos 108 anos da Assembleia de Deus. Já o prefeito de Belém, o tucano Zenaldo Coutinho, levou claque própria ao evento e acabou sendo mais aplaudido que o presidente.

“Missão de Deus”

No início de maio, Bolsonaro fez um afago ao eleitorado evangélico. Acompanhado de líderes religiosos no Congresso, Bolsonaro participou do 37º Congresso Internacional dos Gideões Missionários da Última Hora, entidade ligada à Assembleia de Deus, um dos maiores eventos pentecostais do sul do País, por onde devem passar 100 mil pessoas ao longo de uma semana.

A uma plateia de mais de 5 mil pessoas que lotou o ginásio Irineu Bornhausen, em Camboriú (SC), e outros milhares que acompanharam o evento do lado de fora, Bolsonaro classificou seu governo como uma “missão de Deus” e admitiu não ser o mais preparado entre os candidatos. “Vocês sabem que Ele não escolhe o mais capacitado, mas capacita os escolhidos”, afirmou o presidente.

Foi a segunda vez que Bolsonaro participou do evento. No ano passado, ainda como deputado federal em pré-campanha, ele recebeu uma bênção no abdômen. O fato ocorreu quatro meses antes de o presidente levar uma facada na mesma região do corpo durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG).

Depois da facada, as imagens da bênção viralizaram nas redes sociais. Na ocasião um pastor perguntou a Bolsonaro se ele aceitaria uma prece por sua vida e sua família. Ele aceitou. Enquanto o pastor fazia a oração a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, colocou uma das mãos sobre o abdômen do marido. Nas redes sociais, a bênção foi tratada por setores do eleitorado do presidente como “profética”.

Foi também a primeira viagem de Bolsonaro a Santa Catarina, Estado onde o presidente teve a maior votação no primeiro turno das eleições do ano passado (65,82% dos votos válidos). Ao lado do deputado Marco Feliciano (Podemos-SP), do líder da frente evangélica na Câmara, deputado Silas Câmara (PRB-AM), e do ex-presidente da frente, deputado João Campos (PRB-GO), Bolsonaro faz um aceno ao eleitorado evangélico depois de ter recuado na promessa de transferir a embaixada do Brasil em Israel de Tel Aviv para Jerusalém.

Sair da versão mobile