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Bolsonaro não minimizou questão do trabalho infantil, diz ministra Damares Alves

Com aval do presidente, a ministra passa a ser a interlocutora da administração com a CNBB e se reúne com bispos. (Foto: Reprodução/ABr)

O relato do presidente Jair Bolsonaro sobre o trabalho infantil gerou revolta nas redes sociais. A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, defendeu Bolsonaro nesta sexta-feira (5). Na última noite, o presidente fez uma transmissão ao vivo em seu Facebook, na qual disse ter trabalhado quando criança, além de fazer outros comentários favoráveis à prática. Damares afirmou que isso não representa uma naturalização do trabalho infantil.

“A nossa geração trabalhou cedo. Eu trabalhei muito cedo. Nossos pais trabalharam muito cedo. Mas isso não quer dizer que nós vamos descriminalizar isso. Não vamos fazer qualquer política em relação a isso. Ele citou o exemplo dele. E fiquem tranquilos, porque esse governo veio para proteger crianças e nós temos a certeza de que o trabalho infantil é uma violação de direitos e não pode ser permitido”, disse a ministra.

“O que o governo vai fazer agora é o fortalecimento do Jovem Aprendiz. Isso, sim”, complementou ela, emendando que tem feito apelos ao Congresso Nacional para que reservem verbas para a pasta que comanda.

Dados
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que cerca de 2,5 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos estão trabalhando no país. Sabe-se ainda que, somente entre 2014 e 2018, o Ministério Público do Trabalho registrou mais de 21 mil denúncias de trabalho infantil no Brasil.

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