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Bolsonaro pode não desfilar em carro aberto na sua posse, disse o general Heleno

Segundo o general, a questão será avaliada pela equipe de segurança do futuro presidente. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O general Augusto Heleno (PRP), futuro ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) do governo de Jair Bolsonaro (PSL), afirmou que o presidente eleito poderá não desfilar em carro aberto em Brasília no dia de sua posse, em 1º de janeiro de 2019.

Segundo o general, que é um dos braços-direitos de Bolsonaro, a questão será avaliada pela equipe de segurança do futuro presidente.

“Isso vai ser avaliado com as informações de que nós dispusermos, qual o grau de vulnerabilidade o fato de ele desfilar em carro aberto”, disse Heleno em entrevista ao Poder em Foco, no SBT. A íntegra será exibida na madrugada de domingo (18) para segunda (19), mas um trecho foi exibido na noite de sexta-feira (16) no Jornal do SBT.

“Eu tenho certeza que se deixar por conta dele a decisão, ele vai querer desfilar no carro aberto. Se deixar por conta da segurança, a segurança vai recomendar que não desfile em carro aberto”, completou o general.

A mudança no tradicional rito de posse seria uma resposta às ameaças que, segundo o futuro ministro, Jair Bolsonaro vem recebendo desde o período de campanha eleitoral.

“É lógico que essas ameaças, após a eleição, arrefeceram um pouco, mas elas continuam latentes. É um sentimento de que essa segurança precisa ser reforçada em virtude das circunstâncias que foram criadas no País”, afirmou o general Heleno.

Ainda durante a campanha, no dia 6 de setembro, Bolsonaro sofreu uma facada durante um ato político em Juiz de Fora (MG) e teve de ser submetido a uma cirurgia na região abdominal. Ele ficou internado por quase um mês no hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Cerimônia ecumênica

Apesar de não fazer parte do protocolo da posse, definido em decreto de 1972, a realização de uma cerimônia religiosa ecumênica chegou a ser discutida, mas nas últimas semanas foi descartada pela condição de saúde do presidente eleito.

Na data da posse, Bolsonaro estará se recuperando da cirurgia que fará para a retirada da bolsa de colostomia, colocada na área externa do abdômen. A expectativa é de que a operação ocorra 15 dias antes da posse e, por isso, ele estará se recuperando. Caso a retirada da bolsa não seja possível, os cuidados com o presidente eleito terão que ser ainda maiores.

Segurança

Apesar da preocupação extrema com a segurança de Bolsonaro, ele tem dado sinais de querer estar próximo de populares. Prova disso foi a mudança de planos na primeira solenidade que participou depois de eleito, a comemoração dos 30 anos da Constituição Federal, no Congresso Nacional. Na ocasião, a segurança estava toda preparada para que ele deixasse o plenário da Câmara por uma saída alternativa, mas ele preferiu sair pelo Salão Verde, onde acenou para servidores e colegas parlamentares.

Na última semana, ao visitar o Tribunal Superior do Trabalho e do Superior Tribunal Militar, Bolsonaro parou para cumprimentar e tirar fotos com servidores que o aguardavam. Nos últimos dias, no Rio de Janeiro, o presidente eleito deixou o condomínio onde mora para ir a um caixa eletrônico sacar dinheiro.

Curiosos

Quem quiser assistir ao evento de perto deverá ter uma vista mais privilegiada do presidente eleito da Praça dos Três Poderes, em frente ao Palácio do Planalto. De lá, eleitores e simpatizantes de Bolsonaro poderão assistir à transmissão de faixa e ao discurso que ele fará no Parlatório.

Ainda no Palácio do Planalto, a parte restrita será o “beija mão”, quando presidente, vice-presidente e suas respectivas esposas recebem os cumprimentos de autoridades nacionais e internacionais. Ainda na sede do Executivo, Bolsonaro dará posse aos seus ministros.

Quem optar por ficar na Esplanada dos Ministérios, além da apresentação da Esquadrilha da Fumaça terá que se contentar em ver Bolsonaro rapidamente passando de carro, já que ali a concentração de populares ficará restrita ao imenso gramado atrás da chamada Praça das Bandeiras até a Catedral, sem sistema de som ou telões.

A exemplo do que é feito quando há manifestações na Esplanada, a população será revistada pela Polícia Militar e objetos como mastros de bandeiras, máscaras, armas, objetos perfurocortantes, explosivos, fogos de artifício, entre outros, serão apreendidos.

 

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