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Bolsonaro reforça crítica a medidas de isolamento: “Poderá haver infinitas ondas de coronavírus”

“Já se fala em terceira onda, se vier a terceira onda, temos a quarta, quinta, sexta, infinitas ondas”, afirmou o presidente. (Foto: José Dias/PR)

O presidente Jair Bolsonaro disse que poderá haver “infinitas ondas” de coronavírus e voltou a criticar governadores por adotarem medidas de isolamento social.

As práticas são as únicas com comprovado controle da disseminação do vírus. “Já se fala em terceira onda, se vier a terceira onda, temos a quarta, quinta, sexta, infinitas ondas”, afirmou, em discurso a apoiadores em ato na Esplanada dos Ministérios

“Lamentamos as mortes por covid-19, bem como as demais mortes no Brasil, mas devemos enfrentar o problema. Não é ficando embaixo da cama ou em casa que vamos solucionar esse problema. Tem uma passagem bíblica que diz: ‘se você for frouxo na hora da angústia, tua força é pequena’”, frisou o presidente.

No evento, Bolsonaro confirmou que vai participar, no próximo dia 23, da posse do novo presidente do Equador, Guillermo Lasso, mas disse que antes vai dar um “passeio de motocicleta” no Rio de Janeiro. “Embarco para o Equador, um país que deu uma guinada à direita. Um presidente eleito democraticamente, que tem princípios e valores muito parecidos com os nossos aqui no Brasil”.

O presidente estava em um palco acompanhado dos ministros Tarcísio Gomes Freitas (Infraestrutura), Gilson Machado (Turismo), Tereza Cristina (Agricultura e Pecuária), Walter Braga Netto (Defesa), Anderson Torres (Justiça e Segurança Pública) e Ricardo Salles (Meio Ambiente). O ato é organizado por produtores rurais e caminhoneiros. O presidente chegou de cavalo à Esplanada.

Pesquisa

O jornal “Folha de S.Paulo” divulgou uma pesquisa Datafolha com a opinião dos brasileiros sobre a atuação do presidente Bolsonaro no combate à pandemia: 51% desaprovam o desempenho do presidente. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Em março de 2020, 35% avaliavam o desempenho de Bolsonaro em relação à pandemia como ótimo ou bom. Depois, 33%, 36%, 27% nas três pesquisas seguintes; 30% em agosto e em dezembro. Em janeiro, 26%, 22% em março; e agora 21%.

Consideravam como regular o trabalho de Bolsonaro nesse tema, 26% em março de 2020; 25% em abril; depois 23%, 25%, 22%, 23%, 25%, 27%, 25%, 24%, e agora 27%.

Avaliavam o desempenho do presidente com relação à pandemia como ruim ou péssimo, 33% em março de 2020. Na pesquisa seguinte, 39%, depois, 38%, 45%, 50%, 49%, 43%, em dezembro, 42%. Em janeiro, 48%, 54% e 51% em maio.

Não sabe: eram 5%, depois 2%, 3%, 3% novamente, 1% nas quatro pesquisas seguintes, depois 2%, 1% e agora novamente 1%.

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