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Bolsonaro voltou para casa depois de cinco dias na Ilha de Marambaia

Bolsonaro posou para fotos com populares. (Foto: Reprodução/Instagram)

Depois de cinco dias na Ilha da Marambaia, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, deixou nesta quinta, 27, o cais de Itacuruçá, em direção a sua residência, na Barra da Tijuca.

Ele chegou ao continente em um Iate da Marinha, vestindo a combinação de camisa esportiva azul e bermuda preta que adotou durante toda a viagem. Sua escolta era formada por cinco lanchas com policiais federais e um helicóptero.

Bolsonaro chegou no sábado, acompanhado do filho Carlos Bolsonaro, para passar o Natal com a família. Apenas Carlos permaneceu na companhia do pai todos os dias. A mulher, Michelle Bolsonaro, deixou a ilha na quarta, na companhia das duas filhas.

Na sexta, o presidente eleito se encontra com o primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, no Forte de Copacabana. Netanyahu veio para a cerimônia de posse, no dia 1° de janeiro.

Netanyahu estará presente na posse

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, deverá participar da cerimônia de posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro, de acordo com a Embaixada de Israel. A informação veio um dia depois de a própria embaixada informar que ele viria nesta semana ao Brasil, mas provavelmente não ficaria até o dia 1º por problemas na política interna de seu país. Netanyahu teria mudado de ideia ainda na quarta-feira.

Bolsonaro usou sua conta no Twitter para informar que vai se reunir com o israelense na sexta. Eles vão almoçar juntos no Forte de Copacabana, no Rio.

Israel é um parceiro estratégico para o novo governo do Brasil. Também pelo Twitter, Bolsonaro informou que, em janeiro, o futuro ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, visitará estações de dessalinização de água, plantações e o escritório de patentes de Israel. “A parceria Brasil-Israel que beneficiará o nosso Nordeste está muito bem encaminhada”, escreveu o presidente eleito.

Uma estação piloto, que atenderá à agricultura familiar, deve estar em operação ainda em janeiro, afirmou Bolsonaro. Também poderá ser usada tecnologia para extrair água da umidade do ar. “Poderemos, inclusive, negociar a instalação de fábrica no Nordeste para venda desses equipamentos no nosso mercado”, disse.

Durante a campanha, Bolsonaro prometeu mudar a embaixada do Brasil de Tel-Aviv para Jerusalém, reconhecendo a reivindicação de Israel sobre a cidade. O anúncio causou polêmica no Brasil e na própria equipe do futuro governo, uma vez que ela se choca com o posicionamento dos países árabes, que apoiam Israel, e com deliberações da ONU. Os países árabes são um mercado de US$ 13 bilhões por ano e importam principalmente produtos do agronegócio como açúcar e carnes.

A vinda de Netanyahu está sob ameaça porque os líderes dos partidos da coalizão governista fecharam um acordo para dissolver o Parlamento e realizar novas eleições em abril do próximo ano. Essa medida foi necessária depois que a coalizão não conseguiu apoio para aprovar uma legislação que convoca judeus ultraortodoxos para o serviço militar.

O atual primeiro-ministro vai concorrer a um novo mandato e, segundo as pesquisas, é líder na intenção de votos. Seu mandato acabaria em novembro de 2019. Ele está há uma década no poder.

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