Os bombeiros de Hong Kong concluíram nesta sexta-feira (28) o combate ao incêndio que atingiu um complexo residencial e deixou pelo menos 128 mortos. Esse foi o pior incêndio registrado na região em três décadas, informou o governo local.
As chamas estavam “amplamente extintas” às 10h18min desta sexta, no horário local, e “as operações de combate ao incêndio foram encerradas”, informou um porta-voz do governo.
Além dos 128 mortos, pelo menos 79 pessoas ficaram feridas, incluindo 12 bombeiros, e cerca de 200 ainda estão desaparecidas.
O fogo iniciou na quarta-feira (26) e foi combatido por dois dias. As chamas “engoliram” sete torres de 31 andares do complexo de prédios. Os alarmes de incêndio dos prédios não estavam funcionando corretamente.
As causas do incêndio estão sendo investigadas, mas as autoridades acreditam que o fogo se espalhou rapidamente por telas de construção e andaimes de bambu que estavam sendo usados em obras de reforma dos prédios.
A polícia informou que as telas não atendiam aos padrões de segurança contra incêndio. Três pessoas da construtora responsável pelas obras foram presas sob suspeita de homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
“Temos motivos para acreditar que os responsáveis da empresa foram extremamente negligentes, o que levou a este acidente e fez com que o incêndio se alastrasse descontroladamente, resultando em um grande número de vítimas”, disse o superintendente da polícia de Hong Kong, Eileen Chung.
Na quinta-feira (27), a polícia realizou buscas no escritório da Prestige Construction & Engineering Company, responsável pela reforma nos arranha-céus.
O complexo residencial, localizado no distrito de Tai Po, possui cerca de 2 mil apartamentos e abrigava 4,6 mil moradores. Cada uma das oito torres tem mais de 30 andares.
