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Brasil atinge novos recordes nas exportações de carnes bovina e suína

Os embarques de carne bovina somaram 230,2 mil toneladas e renderam US$ 1,36 bilhão. (Foto: Agência Brasil)

Impulsionadas pela demanda chinesa, as exportações brasileiras de carnes bovina e suína bateram novos recordes em agosto. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), os embarques de carne bovina somaram 230,2 mil toneladas e renderam US$ 1,36 bilhão, com altas de 8,6% e 15,8% em relação ao mesmo mês de 2021, respectivamente. Os dois resultados representam novos recordes mensais.

Conforme a Abrafrigo, o aumento das compras da China, que já começou a estocar proteínas para as comemorações do próximo Ano Novo Lunar, em 22 de janeiro, foi o principal trampolim para os saltos. Os chineses importaram 131,9 mil toneladas em agosto.

Entre os meses de janeiro a agosto, o Brasil exportou 1,52 milhão de toneladas de carne bovina no total, 18,4% mais que em igual intervalo do ano passado, e a receita foi 40,7% maior (US$ 8,825 bilhões).

A China segue como principal destino dos embarques, e absorveu 51,8% do volume total nos oito primeiros meses do ano, ou 786,9 mil toneladas (+31%). As vendas aos chineses renderam 69,7% na comparação, ou US$ 5,32 bilhões.

Os EUA são o segundo maior cliente do Brasil este ano. O país importou 123,1 mil toneladas até agosto, com crescimento de 85,2%.

No caso da carne suína, as exportações alcançaram 116,3 mil toneladas em agosto, informou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Foi o maior volume embarcado em um só mês na história, e em relação ao total de agosto de 2021 houve crescimento de 27,7%. A receita, por sua vez, avançou 28,7%, a US$ 269 milhões.

De janeiro a agosto, o Brasil exportou 722,8 mil toneladas, que renderam US$ 1,607 bilhão. Esses números, entretanto, representaram retrações de 4,5% e 11% em relação ao mesmo período de 2021, respectivamente.

Com importações menores no acumulado do ano, a China foi o principal destino da carne suína brasileira no exterior em agosto. Comprou 16% a mais do que no oitavo mês do ano passado, ou 49,2 mil toneladas. Outros destaques foram Filipinas, com 11,5 mil toneladas (+381%) e Vietnã, com 6,3 mil toneladas (+48%).

“Os dados reforçam a perspectiva da ABPA de que o segundo semestre terá desempenho significativamente melhor que o registrado nos seis primeiros meses deste ano”, disse o presidente da associação, Ricardo Santin, em nota.

As exportações de carne de frango do país somaram 437,8 mil toneladas e renderam US$ 922,1 milhões no mês passado, segundo a ABPA. Em relação a agosto de 2021, o volume aumentou 15,3% e a receita foi 36,1% maior, também puxada pela alta dos preços médios dos cortes vendidos.

Com isso, informou a entidade, nos oito primeiros meses de 2022 os embarques alcançaram 3,3 milhões de toneladas, com incremento de 7,1% ante igual intervalo de 2021, e a receita cresceu 33,7% na comparação.

Nesse mercado, o peso da China é menor. De janeiro a agosto, os Emirados Árabes Unidos foram o principal destino das exportações, com compras que cresceram 45% e atingiram 319 mil toneladas. Em seguida aparecem Japão (277,6 mil toneladas, alta de 2%), Filipinas (165 mil toneladas, alta de 47%), União Europeia (163,2 mil toneladas, alta de 29%) e Coreia do Sul (124,3 mil toneladas, alta de 63%). As informações são do jornal Valor Econômico.

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