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Brasil cai 18 posições em ranking de países mais competitivos

Carlos Arruda, da Fundação Dom Cabral. (Foto: Divulgação)

O Brasil perdeu mais 18 posições no ranking das economias mais competitivas do mundo, caindo para a 75ª colocação, de acordo com o Relatório Global de Competitividade, divulgado nessa terça-feira pelo Fórum Econômico Mundial em parceria com a Fundação Dom Cabral. Trata-se da maior queda já registrada pelo País e a pior posição da série histórica da pesquisa, que mantém a mesma metodologia há dez anos. Em 2014, o Brasil tinha caído da 56ª posição para a 57ª posição.

A pior colocação até então tinha sido o 72º lugar, registrado em 2007. O melhor resultado foi alcançado em 2012, quando o País ficou no 48º lugar. Após três anos consecutivos de perda de posições, o Brasil se encontra, agora, abaixo de alguns de seus principais concorrentes, como México, Índia, África do Sul e Rússia, e de economias menores como Uruguai, Peru e Vietnã.

Fatores básicos

O relatório destaca que a economia brasileira sofre com a deterioração de fatores básicos para a competitividade, como a confiança nas instituições e o déficit das contas públicas, e fatores de sofisticação dos negócios, como a capacidade de inovar e educação. “A crise econômica e política que se deteriora desde 2014, associada a fatores estruturais e sistêmicos como sistema regulatório e tributário inadequados, infraestrutura deficiente, educação de baixa qualidade e baixa produtividade, resultam em uma economia frágil e incapaz de promover avanços na competitividade interna e internacional”, afirma Carlos Arruda, da Fundação Dom Cabral, responsável pela coleta e análise dos dados relativos ao Brasil.

O estudo

O levantamento avalia 140 países. O estudo define competitividade como o conjunto de instituições, políticas e fatores que determinam o nível de produtividade de um país. O ranking é calculado a partir de dados estatísticos e de pesquisa de opinião realizada com executivos dos 140 países participantes.

Suécia, Cingapura e Estados Unidos seguem na 1ª, 2ª e 3ª posições, respectivamente. A Alemanha subiu da 5ª para a 4ª posição, e a Holanda saltou da 8ª para a 5ª colocação. O Chile é o país da América Latina mais bem posicionado, em 35º lugar no ranking geral, seguido do Panamá (50º lugar). (AG)

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