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Brasil continua em segundo lugar no ranking de maiores juros reais do mundo, após decisão do Copom

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil manteve a taxa Selic em 15% ao ano. (Foto: ABr)

O Brasil continua a ter o segundo maior juro real do mundo após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) decidir nessa quarta-feira (10) manter a taxa Selic em 15% ao ano.

O juro real é formado, entre outros pontos, pela taxa de juros nominal subtraída a inflação prevista para os próximos 12 meses. Assim, segundo levantamento compilado pelo MoneYou, os juros reais do país ficaram em 9,44%.

A primeira colocação do ranking continuou com a Turquia, que registrou uma taxa real de 10,33%. Em terceiro, está a Rússia, com juros reais a 7,89%.

Em relatório divulgado nesta quarta-feira, o MoneYou ressaltou que o Brasil ainda enfrenta incertezas inflacionárias, devido às preocupações com os gastos do governo.

Por outro lado, destacou que o índice de preços do país tem demonstrado alívio diante da queda global do dólar e do “menor ímpeto da atividade econômica”, consequência dos juros elevados.

A Argentina, que ocupava a 4ª posição do ranking com juro real de 5,16% na última medição da MoneYou, manteve a colocação em dezembro, mas com juro de 7,14%. Já o México aparece em quinto lugar, com juro de 4,21%.

Selic inalterada

Nessa quarta-feira, o Copom anunciou sua decisão de manter a taxa básica de juros inalterada na faixa de 15% ao ano. Com isso, a Selic segue no maior patamar em quase 20 anos — em julho de 2006, no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a taxa estava em 15,25%. O anúncio dessa quarta-feira marca a quarta decisão seguida pela manutenção da Selic.

Juros nominais

Considerando os juros nominais (sem descontar a inflação), a taxa brasileira manteve a quarta posição.

Veja abaixo:

– Turquia: 39,50%;

– Argentina: 29,00%;

– Rússia: 16,50%;

– Brasil: 15,00%;

– Colômbia: 9,25%;

– México: 7,25%;

– África do Sul: 6,75%;

– Hungria: 6,50%;

– Índia: 5,25%;

– Indonésia: 4,75%.

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