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Brasil e França discutem suspeita de propina na escolha do Rio de Janeiro como sede da Olimpíada de 2016

Procuradores dos dois países farão investigação conjunta. (Foto: Leonardo Prado/PGR)

Um grupo de procuradores franceses se reuniu na manhã dessa segunda-feira com colegas brasileiros para trocar informações em uma investigação conjunta sobre a suposta compra de votos para a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos em 2016, no Rio de Janeiro. Após a reunião, o representante do Ministério Público Financeiro da França, procurador Jean-Yves Lourgouilloux, disse que a parceria visa a troca de informações com investigadores brasileiros para saber se alguém no Brasil poderia estar interessado em pagar para trazer a Olimpíada para o País.

A investigação na França já verificou o pagamento de ao menos 2 milhões de dólares (cerca de 6,4 milhões de reais, na cotação atual) dias antes da escolha do Rio como sede, em 2009, para membros do COI (Comitê Olímpico Internacional). Segundo o francês, o valor pode ser maior e a propina pode ter viabilizado a compra em bloco de votos de alguns continentes, que votam juntos na escolha. Ele evitou dar mais detalhes, já que a investigação corre em sigilo.

Pelo lado brasileiro, o coordenador da cooperação internacional da PGR (Procuradoria-Geral da República), Vladimir Aras, confirmou reuniões de trabalho para troca de dados de inteligência e aprofundamento das investigações, e disse que elas estão concentradas no Rio e em Brasília. “Há uma intensa cooperação com a França em função da proximidade geográfica e territorial inclusive com a Guiana Francesa”, disse Aras, sem dar mais detalhes. Nesta terça-feira, procuradores brasileiros responsáveis pelo caso vão se reunir com seus pares franceses para mais trocas de informações.

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