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Brasil investe em agenda de qualidade ambiental urbana, diz ministro do Meio Ambiente

Ministro do STF determinou busca e apreensão em três endereços do ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou, em entrevista à TV Brasil, ainda não exibida, que o Brasil investe em agenda de qualidade ambiental urbana. Ele também fez um balanço da gestão.

Salles fez uma análise de sua trajetória à frente do ministério e destacou que uma das prioridades colocadas pelo governo em sua pasta foi a agenda de qualidade urbana. “[O Brasil] chega a 2021 com 100 milhões de brasileiros sem coleta e tratamento de esgoto ou 35 milhões de brasileiros sem sequer água potável. Essa agenda ambiental urbana, que vinha sendo relegada por anos, ou talvez décadas, foi colocada como prioridade do governo”.

Salles também destacou as concessões dos parques urbanos. “Os parques nacionais, muitos deles com grande potencial de ecoturismo, locais maravilhosos que o brasileiro conhece pouco e conhece pouco porque os acessos não são bons, têm pouca infraestrutura para atrair o turista, têm pouca divulgação e para tudo isso é necessário investimento. Quem vai investir, aquele que opera melhor. No mundo inteiro, quem faz a operação mais adequada, com melhores investimentos, mais atrativos e que também resultam, portanto, em mais conservação, mais cuidado ambiental, são parques que são geridos pelo setor privado.”

O ministro também destacou a Amazônia, que, segundo ele tem 84% do bioma preservado. “Assim como 64% da nossa vegetação nativa, nacionalmente falando.” Para ele, o desafio nesses dois anos foi avançar na preservação, respeitando e reconhecendo a importância do desenvolvimento econômico sustentável como maneira de preservação dos recursos.

Madeira ilegal apreendida pela PRF em 2020 tem alta de 95% 

Em 2020 a PRF (Polícia Rodoviária Federal) apreendeu quase o dobro de madeira ilegal do que em 2019.

Já a PF (Polícia Federal) confiscou o equivalente a R$ 427,7 milhões de grupos ou pessoas flagradas cometendo algum tipo de crime ambiental – cifra 81% superior à que foi recolhida pelos mesmos motivos em 2019.

As informações foram divulgadas no final de dezembro em Brasília, durante a apresentação dos resultados das ações que o Ministério da Justiça e Segurança Pública e as instituições vinculadas à pasta realizaram ao longo deste ano.

Segundo o diretor-geral da PRF, Eduardo Aggio, mais de 36,997 mil metros cúbicos de madeira ilegal foram apreendidos em rodovias federais de janeiro a novembro deste ano. O resultado é 95% superior aos 18,945 mil metros cúbicos apreendidos em 2019. Em 2018, foram apreendidos 13,904 mil metros cúbicos.

Além do maior volume de madeira ilegal, os policiais rodoviários federais também resgataram um número maior de animais silvestres. Foram 34 mil espécimes este ano, contra 11 mil no ano passado e 18.897 em 2018.

Ao comentar os resultados, o ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, disse que o governo federal e os órgãos de Estado vêm atuando para reduzir o desmatamento em todo o País. “A PF e a PRF estão agindo mais, independentemente de haver aumento ou diminuição [do desmatamento]”, disse o ministro, destacando os investimentos federais em sistemas de monitoramento por satélite que, segundo ele, permitem identificar áreas de queimadas e desmatamento ilegal com maior precisão e velocidade.

“Procuramos transformar aquilo que era feito de forma literalmente artesanal, nos moldes do padrão do século passado, para inserirmos em um tipo de investigação padrão século XXI. Nossa expectativa é avançarmos ainda mais, intensificando a repressão a esse tipo de crime, focando [na atuação] em organizações criminosas”.

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, em declaração também dada em dezembro, em palestra na Associação Comercial de São Paulo, que, sempre que se fala em sustentabilidade no Brasil, remete-se à questão de meio ambiente e que é preciso deixar claro que o País é uma potência agroambiental e que há mais de 60% do território com a cobertura vegetal original.

Segundo Mourão, é preciso reafirmar essa posição, porque o País sofre uma pressão enorme com relação à Amazônia, já que muita gente que vive no centro-sul do Brasil desconhece e não entende o que é a região.

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