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Brasil já deteriorou para ditadura, diz deputado

O deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) avalia que se instalou no Brasil um modelo socialista de governo, com aparelhamento e participação ativa do Poder Judiciário, usado para dar ares de legalidade e chancela às decisões do Poder Executivo. “O Supremo [Tribunal Federal] já foi, não existe mais Supremo. O que nós temos é uma pequena assembleia de personalidades nomeadas e que tem um poder desproporcional”, afirmou ao podcast Diário do Poder.

Assembleia

“Ali não há julgamento isento e idôneo”, lamentou o deputado, sobre preocupações de ministros do STF com a popularidade do governo.

Tudo em um

Ele critica o STF por legislar, cobrar execução e determinar data de legislação: “É o que está ajudando o governo a se manter no poder.”

Roteiro

Eliminar a oposição, acirrar regras eleitorais e estatizar partidos fazem parte de uma amarra legal para sacramentar o regime, afirma.

Tentáculos

Luiz Philippe chama atenção para o controle na economia, “sempre tem uma regra, permissão do Estado. A tributação também já é inibidora”

TCU atuava atrasado, agora até produz escândalos

O Tribunal de Contas da União (TCU) tem histórico curioso, para um órgão que deveria zelar pelo dinheiro público: sempre chega atrasado nos casos de corrupção. Em vez de impedi-los, hoje até abre portas, como no caso do roubo aos aposentados do INSS. No TCU há um esforço para culpar o ministro Aroldo Cedraz, mas foi o colegiado do TCU que “segurou” por um ano decisões que suspendessem o assalto já em curso. Após o caso vir a público, o TCU tentou tirar o corpo.

Em boca aberta entra mosca

O TCU fez a presepada de divulgar haver identificado o roubo no INSS ainda em 2024. Se “identificou”, por que nada fez?, eis a questão.

Falta pedir desculpas

Em vez de contar lorotas, o TCU deveria usar as redes sociais para se desculpar pela omissão por um ano, enquanto roubavam os velhinhos.

Fui ali e volto em 2026

A pasmaceira funcional se agravou no governo Lula. Até parece que o TCU congelou suas atribuições. Até 31 de dezembro de 2026.

Licença para roubar

É inacreditável a decisão do governo de fazer o INSS processar os sindicatos e associações picaretas que roubaram os aposentados, mas excluiu da lista aquelas claramente ligadas ao Planalto. Isso já foi crime de prevaricação, mas, hoje, pode tudo. Até parece licença para roubar.

Perderam o pudor

Não serão processados o “sindicato” do qual é dirigente o irmão de Lula, “Frei Chico”, assim como, entre outras, a Contag, que faturou R$2 bilhões, presidida pelo irmão do deputado Carlos Veras (PT-PE).

RouboCofre 3

Para não chorar, muitos recorrem ao riso, produzindo memes sobre a gatunagem no INSS. São montagens do tipo “RouboCofre”, alusão ao filme de sucesso RoboCop, que bombam nas redes sociais.

Chanceler mentiu

Mauro Vieira não deu as caras na Câmara para explicar asilo à corrupta ex-primeira-dama do Peru. Marcel van Hattem (Novo-RS) diz que o chanceler mentiu na justificativa e vê crime de responsabilidade.

Voltou à casa

Jair Bolsonaro não conteve as lágrimas ao falar à multidão na caminhada pela anistia do 8/jan, em Brasília. Admitiu que estava “com saudades”, após passar duas semanas internado no hospital.

Fila de autoridades

Foi formada fila de mais de 15 carros pretos oficiais de autoridades na Rodoviária do Plano Piloto, em Brasília, ontem (7). Todos de deputados que participaram da caminhada pela anistia com Jair Bolsonaro.

Na trave

A Comissão do Esporte do Senado conseguiu o que a CPI das Bets não conseguiu: chamar o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, para depor. Mas é só “convite”: o cartola sob suspeita pode não aparecer.

Cid com o PL

Cid Gomes, do PDT, resolveu abraçar o PL no Ceará. Manifestou apoio ao deputado Alcides para o Senado em 2026. Alcides é pai de André Fernandes, eleito deputado federal na onda bolsonarista de 2022.

Pensando bem…

…caminhar ainda não é um “ato antidemocrático”.

PODER SEM PUDOR

O boêmio e o advogado

Quando era um jovem advogado e deixou Minas para viver no Rio, o ex-ministro e ex-governador do Distrito Federal José Aparecido de Oliveira ficou amigo do jornalista e boêmio carioca Antônio Maria. Até dividiram um apartamento, mas pouco se encontravam. Quando Zé Aparecido chegava do trabalho, Antônio Maria já havia saído para a noite boêmia. Um dia, ao levantar-se pela manhã, Aparecido encontrou um bilhete do amigo: “Zé, s⁠e eu estiver dormindo, deixe, mas se eu estiver morto, por favor, me acorde.”

(Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos – Instagram: @diariodopoder)

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