Diante da crise de refugiados na Europa e da fuga de milhões de sírios de seu próprio país, o governo brasileiro quer prorrogar as regras que flexibilizam o ingresso dessa população no Brasil. A medida permite a facilitação do visto. Uma vez em território nacional, eles podem solicitar o refúgio.
“A situação é dramática e o Brasil não pode se furtar de ajudar como puder”, disse o secretário nacional de Justiça, Beto Vasconcelos. “A foto do menino Aylan Kurdi chocou o mundo e é uma demonstração clara e evidente de como a situação tem se agravado”, acrescentou, em referência à imagem do corpo da criança de três anos, encontrado em praia da Turquia.
Dilma também afirmou que ficou comovida com a foto do corpo do menino sírio e criticou a conduta dos países europeus. “Todos vocês viram aquele menininho sírio de três anos, morto porque não foi acolhido, morto porque foi abandonado, morto porque os países criaram barreiras para a entrada desse menino”, destacou.
E acrescentou que o Brasil se distingue do resto do mundo pela diversidade étnica e pela capacidade de “resistência” e “superação” dos brasileiros. “Nós somos um país composto por pessoas de vieram de todas as partes do mundo, além dos povos tradicionais indígenas que aqui estavam. Se tem uma uma riqueza que perpassa esse país é essa diversidade”, afirmou.
Em 2013, dois anos após o início de uma violenta guerra civil na Síria, o Conare (Comitê Nacional para os Refugiados) autorizou a concessão de visto a esse grupo “por razões humanitárias”.
Até então, eles deveriam atender os mesmos pré-requisitos exigidos dos demais estrangeiros, como a comprovação de emprego fixo em seu país e condições financeiras para permanecer no Brasil. (Folhapress)