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Brasil sem energia e sem planos para geração

Foram dez viagens para o exterior somente em 2019, que chamaram a atenção dos órgãos de fiscalização. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Ao anunciarem o aumento para R$ 14,20 para 100 kWh consumidos, autoridades do setor de energia como o ministro de Minas e Energia e o diretor-geral da agência reguladora Aneel, André Pepitoni, conseguiram não mencionar, certamente por desinteresse, providências para estimular e incentivar projetos de geração de energia – sobretudo mais barata e renovável, como solar e eólica – que livre o Brasil da dependência das termelétricas. Ao contrário: o País afunda mais nessa dependência.

Conta outra…
O ministro Bento Albuquerque parece viver em outro país. Disse ontem que a geração de energia no Brasil é “compatível com a demanda”.

Invenção esperta
Pepitoni anunciou, com incontida satisfação, a mais recente invenção da Aneel para alegrar as termelétricas: a “bandeira de escassez hídrica”.

Festa de arromba
O diretor da Aneel diz que chega a R$ 13,8 bilhões o custo das térmicas. “Foi necessário criar essa bandeira para fazer frente a esse custo”, disse.

A real prioridade
O setor de energia passa a sensação de que todos trabalham para garantir faturamento bilionário da geração cara e suja de termelétricas.

Brasil aplicou 51 milhões de vacinas em agosto
O Plano Nacional de Imunização (PNI) bateu novo recorde na campanha de vacinação contra a covid e aplicou 51 milhões de doses somente no mês de agosto, equivalente a cerca de 1,65 milhão de doses por dia, em média, segundo o portal de monitoramento vacinabrasil.org. Os resultados obtidos em agosto são tão impressionantes que superam o recorde anterior em 20%. Foram 10 milhões a mais de doses aplicadas em agosto em comparação a julho, que havia sido o melhor mês do PNI.

Marca anterior
Julho foi o primeiro mês com média acima de 1 milhão de doses por dia, totalizando um pouco mais de 40,7 milhões de vacinas em 31 dias.

Incontestável
A aceleração do ritmo do PNI é comprovada pelos números. O Brasil aplicou 194 milhões de doses, quase metade nos últimos dois meses.

Consequências óbvias
O Brasil também registrou queda nas médias diárias de casos, 35,6 mil para 23,1 mil, e mortes, que desabou de 991 para 667, a menor do ano.

Que papelão
Foi constrangedor a forma como o coordenador do Atlas da Violência tentou transformar a queda de 22% nos homicídios em notícia ruim. Alegou que houve alta nas mortes violentas com causa indeterminada, mas mesmo somando ambos, é o menor patamar da série disponível.

E os criminosos?
Aliás, o Atlas da Violência continua repetindo a cada levantamento que são negras (e pardas) 70% das vítimas da violência. São mesmo, mas, curiosamente, omitem dados como esse sobre os autores dos crimes.

É só o começo
Especialistas em energia avisam que, em termos de energia, os brasileiros terão um início de 2022 muito pior que o trágico ano de 2021. E não se fala em investimentos na geração de energia.

Parcelamento aprovado
Apesar da polêmica, a PEC dos Precatórios, que permite ao governo parcelar em vezes suas dívidas acima de R$ 66 milhões, recebeu parecer positivo do relator na CCJ, deputado Darci de Matos (PSD-SC).

Tristes cinzas
Completa três anos nesta quinta (2) o incêndio no Museu Nacional do Rio, a mais antiga instituição cientifica do Brasil, que perdeu 70% do acervo inapreciável. Os gestores, ligados ao Psol, nunca foram punidos.

Trump mandou bem
Joe Biden levantou a bola do ex-presidente Donald Trump, ao repetir à exaustão que foi “do governo anterior” a decisão de retirar as tropas do Afeganistão. Biden ainda deve um pedido de desculpas aos americanos pelo “salve-se quem puder” que custou a vida de duzentas pessoas.

Precisou lembrar
O líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), lembrou ontem no plenário do Senado que são legítimas as manifestações de apoio ao governo Bolsonaro marcadas para o dia 7.

‘Dadosbrás’ caiu
A Câmara aprovou a PEC que inclui na Constituição a proteção de dados do cidadão. Até aí tudo bem, mas suas excelências queriam também criar outro órgão público para “regular a proteção de dados”. Não passou.

Pensando bem…
… direito adquirido do servidor será respeitado na reforma administrativa, mas nada se falou sobre respeitar os direitos do pagador de impostos.

PODER SEM PUDOR

Pagando o pato
Conhecido por “senador”, pelos elegantes ternos pretos ou brancos, e ás no baralho, o assessor Alcides conseguiu do então presidente da Assembleia catarinense, Paulo Bornhausen o aval em um “papagaio”, para pagar dívida de jogo. Dono de banco, Paulo cobrou no vencimento. O assessor estranhou: “Paulo, você acha que avalista é brincadeira? Avalista é para pagar!” O banqueiro nem piscou, pagou a dívida. E o assessor continuou jogando.

Com André Brito e Tiago Vasconcelos

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