Ícone do site Jornal O Sul

Brasil tem incidência de coronavírus maior do que na Itália

Os números diários de novos casos da Covid-19 no Brasil estabilizaram nos últimos dias. (Foto: Reprodução)

Segundo país com mais casos do novo coronavírus em termos absolutos, o Brasil já começa a superar algumas das nações que mais sofreram com a pandemia também em índices relativos, que levam em conta o tamanho da população.

Com os 25.982 contágios confirmados nesta sexta-feira (12) pelo Ministério da Saúde, o Brasil chegou a 828.810 mil casos do coronavírus Sars-Cov-2, com uma taxa de 394 para cada 100 mil habitantes. Essa incidência é maior que a da Itália, que em determinado momento foi o país mais atingido pela pandemia e hoje tem 391 casos para cada 100 mil habitantes, com um total de 236.305 pessoas já infectadas.

A comparação ainda desconsidera a subnotificação que caracteriza a crise sanitária no Brasil. Enquanto a Itália, com uma população 3,5 vezes menor, contabiliza 4,5 milhões de exames em 2,8 milhões de pessoas, segundo a Defesa Civil, o Ministério da Saúde brasileiro e a maior parte dos governos estaduais sequer divulgam esse dado diariamente. Um levantamento de dois dias atrás feito pelo site G1 apontava quase 1,4 milhão de exames.

O país europeu, no entanto, ainda apresenta uma incidência de óbitos maior que a do Brasil, sem levar em conta a subnotificação. A Itália tem 34.223 mil mortes por Covid-19, o que representa 57 para cada 100 mil habitantes. Já o Brasil tem 41.828 óbitos, 20 para cada 100 mil habitantes.

A diferença é que a Itália, após mais de dois meses de quarentena rígida que só permitia a saída de casa com certificado de comprovação de necessidade, conseguiu controlar a pandemia e vem registrando menos de 100 mortes por dia desde 31 de maio.

No Brasil, apenas poucas cidades, como São Luís (MA), impuseram um lockdown nos moldes italianos – e por menos tempo. O País vem contabilizando cerca de mil mortes por dia e, segundo uma projeção usada pela Casa Branca, pode ter 137,5 mil até o fim de julho, o que mais do que triplicaria a incidência de óbitos.

Sair da versão mobile