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O Brasil ultrapassa a marca de 78 mil mortes por coronavírus

Levantamento em base de dados usada pelo Ministério da Saúde indica que 28 mil pacientes morreram neste ano sem conseguir tratamento intensivo. (Foto: Prefeitura de Manaus)

Números do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgados neste sábado (18) apontam que mais 884 mortes por coronavírus foram notificadas no Brasil nas últimas 24 horas. Com isso, o total de óbitos pela doença oficialmente identificados chegou a 78.735, segundo atualização publicada às 18h.

É a primeira vez em mais de um mês que o número de óbitos por coronavírus notificados num sábado fica abaixo de mil. A última vez havia sido em 13 de junho, quando 892 mortes foram registradas.

O Brasil ainda registrou oficialmente mais 28.796 casos, elevando o total para 2.075.124. Na quinta-feira, o país ultrapassou a marca de 2 milhões de casos, menos de um mês depois de registrar oficialmente o primeiro milhão.

Diversas autoridades e instituições de saúde em todo o país, no entanto, alertaram que os números reais da doença devem ser maiores em razão da falta de testes em larga escala e da subnotificação.

O Conass não informou o número de curados no Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde divulgados na sexta-feira, 1.321.036 já se recuperaram.

Na sexta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que a transmissão do coronavírus no Brasil atingiu um platô. Ou seja, o número de novos casos se estabilizou e a curva não está mais subindo como antes.

No entanto, a OMS destacou que ainda não há uma tendência de queda e que é preciso ação política coordenada para que os casos caiam. “O Brasil está ainda no meio da luta. E não há maneira de garantir que a queda vai ocorrer por si”, disse o diretor de emergências sanitárias da OMS, Michael Ryan.

O Brasil é o segundo país do mundo com maior número de casos de covid-19 oficialmente notificados. Só está atrás dos EUA, que acumula 3,67 milhões de ocorrências.

Já a taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes chegou a 37,5. Em número total de óbitos, o país ocupa a segunda posição no mundo – novamente atrás dos EUA, que acumulam quase 140 mil mortes.

Já no cálculo levando em conta a população, o Brasil aparece em 12° – bem à frente de países vizinhos, como a Argentina (4,78) e o Uruguai (0,93). Na quarta-feira, o Brasil ultrapassou a Holanda (35,73) em número de mortes por 100 mil/hab. Na quinta-feira, foi a vez de passar à frente da Irlanda (36,04).

Nações europeias duramente atingidas pela doença, como o Reino Unido (67,99) e a Bélgica (85,76), ainda aparecem bem à frente, mas esses países começaram a registrar seus primeiros casos entre três e quatros semanas antes do Brasil, e o número de óbitos diários está caindo – no caso britânico, está na casa das dezenas, já a Bélgica tem registrado vários dias seguidos sem mortes.

Na quarta-feira, o Brasil completou dois meses sem um ministro da Saúde. O posto vem sendo ocupado interinamente desde 15 de maio pelo general Eduardo Pazuello, que não tinha experiência na área e indicou militares para quase todos os postos-chave do ministério. Na sua gestão, as mortes e novas notificações de casos disparam no país. Foram mais de 62 mil novos óbitos registrados desde que a pasta passou a ser gerida integralmente pelos militares.

Segundo a Universidade Johns Hopkins, 598 mil pessoas já morreram de covid-19 no mundo. O número de casos identificados chega a 14,1 milhões em todo o planeta.

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