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Brasileira detida durante protesto na capital do Equador não será deportada

Manuela é acadêmica e jornalista e foi detida pela polícia do Equador durante a cobertura de uma manifestação. (Foto: Reprodução)

A Justiça do Equador decidiu não deportar a brasileira Manuela Lavinas Picq, 38, detida no país desde a noite da última quinta (13).

Segundo informações da diplomacia brasileira em Quito, a juíza migratória Gloria Pinza declarou nulo o processo de deportação e determinou a imediata soltura de Manuela.

A juíza também solicitou à Promotoria que investigue “incongruências” nas práticas de policiais e de funcionários da chancelaria equatoriana que mantiveram Manuela detida nos últimos três dias.

Manuela é acadêmica e jornalista e foi detida pela polícia do Equador durante a cobertura de uma manifestação contrária ao governo do presidente Rafael Correa, em Quito, na última quinta.

Ela estava com seu companheiro, Carlos Pérez Guartambel, que é militante do movimento indígena no Equador, quando foram cercados por policiais.

Imagens divulgadas na internet por manifestantes mostram Manuela e Carlos sendo agredidos e arrastados por policiais.

Desde então, Manuela é mantida sob custódia da polícia.

Na sexta (14) pela manhã, ela teve o visto cancelado e foi iniciado um processo para sua deportação.

Manifestantes fizeram um protesto em apoio à brasileira em frente à Unidade de Delitos Penais, em Quito, onde ela foi julgada.

Carlos, seu companheiro e militante indígena, foi o responsável por sua defesa.

Nesta segunda (17), antes da decisão, amigos de Manuela enviaram uma carta à presidente Dilma Rousseff e ao Itamaraty pedindo que o governo brasileiro intercedesse no caso, alegando que os direitos da jornalista não estavam sendo respeitados. (Folha)

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