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Brasileira presa na Tailândia se diz culpada e pode tentar perdão com o rei do país

Talita Franco integrou a defesa da brasileira Mary Hellen, condenada por tráfico de drogas na Tailândia. (Foto: Reprodução)

A brasileira Mary Hellen Coelho Silva, de 22 anos, se declarou culpada durante seu julgamento por tráfico de drogas ocorrido em maio deste ano. Apesar de sua condenação ter sido definida naquele mesmo mês, apenas nesta semana a defesa da jovem teve acesso aos documentos do tribunal tailandês. Segundo eles, Mary Hellen confessou durante o julgamento ter traficado drogas para o país.

Foi por ter se declarado culpada que a brasileira recebeu uma condenação, no âmbito penal, de 7 anos e 6 meses de prisão, além de 750.000 Baht, o equivalente, segundo a defesa, acerca de R$ 106.483, 15. A multa pode também ser convertida em dias de prisão, o que resultará em mais 1.500 dias na cadeia. Assim, Mary Hellen passaria, no total, 11 anos em cárcere.

De acordo com Telêmaco Marrace, que defende a brasileira, há ainda a possibilidade dela conseguir reduzir a pena trabalhando na prisão e através de bom comportamento. Outra possibilidade é peticionar ao rei da Tailândia Maha Vajiralongkorn o seu perdão, o que só pode acontecer após o cumprimento de um terço da pena.

“Se for pagar em dias, ou seja, 500 Bath por dia, Mary Hellen teria que cumprir 1.500 dias além da pena principal. Ou seja, teria que cumprir cerca de 4 anos, 1 mês e 10 dias a mais. Somando daria 11 anos, 7 meses e 10 dias de pena total”, explicou o advogado.

O perdão é rotina e concedido duas vezes no ano: no aniversário do rei e no Dia dos Pais. No primeiro caso, a data é 28 de julho, quando Maha Vajiralongkorn celebra mais um ano de vida. Ele está no trono desde 2019 e costuma abrir exceções para alguns crimes durante os festejos para detentos estrangeiros e também presos da Tailândia. Já a segunda data em que o perdão real é concedido é em 5 de dezembro, quando o Dia dos Pais é comemorado na Tailândia.

Mary Hellen foi presa em fevereiro deste ano. Ela estava com outro brasileiro. Os dois foram abordados no aeroporto de Bangkok por funcionários da alfândega que desconfiaram do casal após verem alguns itens suspeitos mostrados pelo raio-X. As três malas foram, então, revistadas. Os funcionários encontraram na bagagem nove quilos de cocaína, escondidos num compartimento oculto.

Horas depois um terceiro brasileiro também foi preso. Ele estava com 6,5 quilos de cocaína escondidos em duas malas. As informações são do jornal O Globo.

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