Alvo da Operação Sentinel, conduzida pela Polícia Civil do Distrito Federal após um alerta do Serviço Secreto dos Estados Unidos, o brasileiro identificado como Thiago de Carvalho, de 33 anos, chegou a tentar acessar a sede da embaixada americana em Brasília levando uma mala, segundo a polícia. A tentativa aconteceu um dia após o homem enviar ameaças a autoridades americanas via e-mail.
O caso é investigado como extremismo violento com motivação ideológica e racista. Entre os alvos das mensagens ameaçadoras, estaria o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A ação, conduzida pela Divisão de Prevenção e Combate ao Extremismo Violento (DPCEV) na quinta-feira (6), foi desencadeada após a notificação do Serviço Secreto americano.
Um mandado de busca e apreensão foi cumprido em Goiânia (GO) com o objetivo de coletar provas, identificar conexões com possíveis grupos extremistas e prevenir a ocorrência de atos violentos no Distrito Federal, segundo a polícia.
Durante a diligência, foram apreendidos documentos, incluindo um caderno com anotações que indicavam o plano do investigado de tentar entrar nos Estados Unidos via Guatemala. No local, agentes também encontraram uma parede rabiscada com a frase “shoot to kill” (atire para matar).
O suspeito é apontado como autor de mensagens eletrônicas com conteúdo de ódio racial e antissemitismo, além de ameaças direcionadas a autoridades estrangeiras.
Em 2018, a Polícia de Marlborough chegou a divulgar cartazes e publicações de “pessoa procurada” para tentar localizar Thiago. Na época, ele foi apontado como suspeito de envolvimento em um episódio de “agressão violenta”. As autoridades locais classificaram o brasileiro como “perigoso” e orientaram que as pessoas não se aproximassem dele.
“Pessoa Procurada”
O Departamento de Polícia de Marlborough está pedindo sua ajuda para localizar Thiago Decarvalho. Thiago esteve recentemente envolvido em uma agressão violenta que ocorreu na cidade de Marlborough. Atualmente há um mandado de prisão contra ele. Sabe-se que Thiago frequenta bibliotecas locais possivelmente para acessar a internet. Ele é descrito como um homem brasileiro, 26 anos, magro, cabelo preto e cacheado, e pode estar usando uma peruca para se disfarçar”, publicou a polícia.
O caso chegou à PCDF após comunicação do Serviço Secreto dos EUA ao Laboratório de Inteligência Cibernética do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que repassou as informações à corporação no fim de outubro.
A operação contou com apoio do Núcleo de Enfrentamento à Discriminação do Ministério Público do Distrito Federal, da Polícia Civil de Goiás e do Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça e Segurnça Pública (MJSP). Segundo a PCDF, a medida tem caráter preventivo e investigativo e busca impedir a propagação de discursos de ódio e condutas extremistas que representem risco à paz social no Distrito Federal. (As informações são de O Globo)