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Por Redação O Sul | 8 de janeiro de 2018
Levantamento da Ipsos ouviu 21 mil pessoas em 28 países sobre suas expectativas. O ano de 2018 começou com uma perspectiva otimista em quase todo o mundo. Segundo a pesquisa global sobre previsões para o novo ano realizada pelo Instituto Ipsos divulgada nesta segunda (8), 3 em cada 4 entrevistados em 28 países afirmam acreditar que este ano vai ser melhor do que 2017.
Brasileiros aparecem com otimismo acima da média. Mais de 8 em cada 10 entrevistados no País acham que 2018 vai ser melhor que o ano passado. O Brasil destoa do resto do mundo, entretanto, porque seu otimismo se justifica menos pelo que 2018 promete e mais por uma percepção negativa do ano anterior, segundo dados da pesquisa Global Advisor on Predictions, do Instituto Ipsos.
Enquanto menos da metade dos entrevistados no mundo (48%) acham que 2017 foi um ano ruim, o Brasil baseia sua esperança em 2018 numa crítica a 2017.
No total, 64% dos brasileiros veem 2017 de forma negativa. O Brasil aparece em segundo lugar (atrás apenas da Turquia) na lista de países que mais acham que o ano passado foi um ano ruim.
A pesquisa abordou as previsões das pessoas do mundo para 2018. No total, mais de 21 mil pessoas foram entrevistadas entre novembro e dezembro do ano passado em 28 países —a margem de erro é calculada entre 3,5 e 5 pontos percentuais, dependendo do país.
Previsões
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem grande probabilidade de sofrer impeachment no ano de 2018 para 35% dos entrevistados na pesquisa internacional. A proporção de pessoas que acham o impeachment pouco provável ainda é maior, entretanto: 46%.
Entrevistados na Turquia (55%), no Canadá (51%) e no Reino Unido (43%) são os que mais afirmam ser provável o encurtamento do mandato de Trump. Nos EUA, 33% dizem esperar que haja impeachment, contra 49% que acham improvável.
Enquanto mais de um terço da população acha que Trump pode ser tirado da Presidência, a pesquisa global indica que há uma percepção de aumento da influência da Rússia em questões globais.
Para 50% dos entrevistados na pesquisa, a Rússia vai aumentar ainda mais sua influência em relações internacionais em 2018.
Os próprios russos estão muito confiantes em sua própria força internacional.
No país, 66% dos entrevistados acreditam no aumento da influência russa no mundo. Nos EUA, a proporção dos que dizem acreditar nesse aumento da força da Rússia é de 44%.
E, se Trump aparece com o mandato ameaçado, a percepção internacional é de que a chanceler alemã, Angela Merkel, deve continuar no poder. Para 48% dos entrevistados, ela vai se manter no cargo, contra 24% que acham que é pouco provável que isso aconteça.
Guerras
Apesar das tensões e trocas de ameaças entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte, a percepção global parece dividida a respeito do risco real de guerra entre os dois países nuclearizados.
Enquanto 42% dos entrevistados afirmam que o conflito é provável, 40% acham que não deve haver guerra.
Mais americanos do que sul-coreanos afirmam que a guerra com a Coreia do Norte é provável. Nos EUA, 47% dos entrevistados dizem acreditar que o conflito ocorrerá. A população da Coreia do Sul, uma das mais ameaçadas pelo potencial conflito, é a que menos acha provável haver guerra: só 21% o preveem.
A pesquisa também incluiu perguntas sobre segurança e terrorismo. Os britânicos são os mais preocupados com o risco de atentados.
Para 65% dos entrevistados no Reino Unido, é provável que haja um grande ataque terrorista no país —18% acham improvável. O dado confirma o clima de preocupação que se sente no país depois dos cinco ataques em 2017, com 35 mortos ao todo.