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Brasileiros já pagaram R$1 trilhão e meio em impostos este ano

Só no Dnit, que aplica multas por infrações nas rodovias federais, os créditos chegam a R$ 3,45 bilhões (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

Os brasileiros já pagaram R$ 1,5 trilhão em impostos desde o início de 2019. O valor foi atingido na noite da última sexta-feira (9), segundo cálculo do Impostômetro, da ACSP (Associação Comercial de São Paulo). O valor corresponde ao total pago para a União, Estados e municípios na forma de impostos, taxas, multas e contribuições. Em 2018, o Impostômetro superou a marca de R$ 2,3 trilhões em impostos pagos pelos brasileiros no ano. As informações são do portal G1.

O Impostômetro

O impostômetro foi criado em 2005 e busca estimar o valor total de impostos, taxas, contribuições e multas que a população brasileira paga para a União, os Estados e os municípios.

O total de impostos pagos pelos brasileiros também pode ser acompanhado pela internet, na página do Impostômetro (www.impostometro.com.br). Na ferramenta, criada em parceria com o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), é possível acompanhar quanto o País, os Estados e os municípios estão arrecadando com tributos e também saber o que dá para os governos fazerem com todo o dinheiro arrecadado.

Volta da CPMF

O presidente Jair Bolsonaro negou na sexta-feira (9) que o governo esteja intencionado a recriar a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).

Bolsonaro deu a declaração em entrevista a jornalistas na portaria do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, ao ser questionado sobre a proposta em estudo pelo governo para a recriação do imposto.

“Já falei que não existe CPMF. O que ele quer mexer, tudo proposta, não vai depois dizer lá na frente que eu recuei, tudo é proposta. Nós queremos facilitar o imposto de renda, aumentar a base, acabar com algumas deduções, diminuir o imposto máximo de 27,5%, diminuir um pouco. Essa que é a ideia”, disse Bolsonaro.

Pela proposta de reforma tributária em elaboração pelo Ministério da Economia, essa contribuição seria criada para compensar a desoneração da folha de pagamento em todos os setores da economia. O novo tributo teria entre 0,5% e 0,6% sobre as movimentações financeiras.

Ainda durante a campanha, Bolsonaro negou que pretendia recriar o imposto que incide sobre movimentação financeira.

A CPMF foi extinta em 2007 depois de uma grande campanha contrária de empresários e setores da sociedade civil.

O governo já anunciou a intenção de instituir um tributo eletrônico sobre pagamentos e recebimentos – que abrangeria todas as movimentações financeiras, semelhante à extinta CPMF.

A ideia seria colocar esse novo tributo no lugar da contribuição patronal sobre a folha de pagamentos, que seria extinta, para estimular o emprego no País.

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