“Suponho que não existe o maior artista vivo do Brasil. Nem vivo nem morto. Todos somos herdeiros das cavernas. Desse estranho impulso que levou os homens, ou os iniciados, a desenharem os animais e a sua própria figura sobre a pedra.”
Francisco Brennand, respondendo à pergunta de como encarava ser o maior artista vivo do Brasil
A comemoração dos 15 anos do Santander Cultural se iniciou com uma categorizada recepção na majestosa sede da Praça da Alfândega, com Carlos Trevi, responsável pelo setor nos pampas, recebendo em companhia de Sérgio Rial e Marcos Madureira, comando nacional do grupo Santander Brasil, para o champagne no grande hall em que está montada a exposição de Francisco Brenannd.
Carlos Trevi iniciou a sequência de curtos speeches – como ocorre em acontecimentos de classe – e depois Emanoel Araujo apresentou seu projeto curatorial, cuja qualidade deve ser reconhecida.
Os convidados subiram em seguida para o grande salão, onde o estilo irretocável da recepção continuou. Mesas redondas com toalhas pretas e grandes arranjos de flores, com predominância do branco, tiveram como toque diferente o couvert servido num guardanapo xadrez. Iniciavam-se as deliciosas escolhas do chef Carlos Kristensen, que somou requinte ao evento. Completando a ornamentação das mesas, caixas com os pesos de cristal apresentando a sede da unidade de cultura do grupo.
Sérgio Rial fez uma curta saudação, e em seguida foi servido o jantar. Participei da mesa que teve a simpática presença de Marcos Madureira acompanhando, com humor e inteligência, o bate-papo que correu animado até o final.
O chef Carlos Kristensen veio ao salão e foi saudado com palmas. Os pratos da culinária gaúcha, de sua escolha e preparo, foram elaborados com requinte absoluto, e chegaram a mostrar o lado poético de Kristensen, com as sobremesas acompanhadas de delicadas violetas. Foi um momento muito especial na atividade do festejado Kristensen. Igualmente a escolha dos vinhos que acompanharam o cardápio foi elogiada.
A impecável organização merece uma referência enfática, como fiz para Mariele Salgado, da equipe do Santander, assim como os demais colaboradores, como Desiree Brancato.
Na despedida, o livro sobre a obra de Brenand foi outra lembrança dos festejos, que na noite seguinte continuaram com o coquetel de inauguração da mostra.