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Brigitte Bardot publica livro e diz que a direita é “remédio para a agonia” da França

Bardot, muito discreta na imprensa, publicou em 1996 suas memórias, Iniciais BB. (Foto: Reprodução)

“A liberdade é ser você mesmo, mesmo quando incomoda”, declara Brigitte Bardot no prólogo do livro Mon BBcédaire, no qual ela dá sua opinião, muitas vezes incisiva, sobre o mundo em definições escritas à mão.

Em Mon BBcédaire, um trocadilho entre abecedário e as iniciais da famosa atriz, Bardot escreve algumas linhas, com sua própria caligrafia, sobre palavras selecionadas, lugares e personalidades que conheceu.

De acordo com a editora Fayard, a obra trata de “uma imersão na personalidade de uma mulher que marcou sua época por sua independência, engajamento e audácia”.

Da A de abandono ao Z de zoológico, Bardot, 91 anos, desdobra conceitos e nomes que a marcaram.

A atriz declara seu amor por Jean-Paul Belmondo, um “cara formidável, ator genial, engraçado e corajoso”, mas opina que Alain Delon “carrega em si o melhor e o pior”.

Sobre Marcello Mastroianni, afirma que, apesar “encantador”, era “um bom ator, embora não fosse genial ou contasse com uma autêntica personalidade inesquecível”.

No erotismo, a intérprete, descoberta no filme E Deus Criou a Mulher, vê “jogos de amor onde tudo é permitido com imaginação, perversidade obscura e malícia amorosa”.

Também menciona a famosa cidade de Saint-Tropez, onde comprou uma casa, La Madrague, e lamenta que este “lindo pequeno vilarejo de pescadores” tenha se tornado “uma cidade de milionários onde já não se reconhece nem um pouco seu charme”.

A ativista defensora dos animais também considera que a França se tornou “sombria, triste, submissa, doente, danificada, devastada, ordinária, vulgar…”.

A direita é o “único remédio urgentíssimo para a agonia” de seu país, acrescenta a artista, que declarou sua afinidade com a política de extrema direita Marine Le Pen.

Bardot, muito discreta na imprensa, publicou em 1996 suas memórias, Iniciais BB. As informações são da agência de notícias AFP.

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