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Caças dos Estados Unidos chegaram à Coreia do Sul para realizar manobras

O caça americano F-22 Raptor. (Foto: Reprodução)

Seis caças F-22 Raptor dos Estados Unidos chegaram nesse sábado à Coreia do Sul, onde nesta segunda-feira começarão manobras conjuntas que pretendem ser uma nova exibição de força contra a Coreia do Norte, depois que Pyongyang lançou um novo míssil.

Os aviões participarão dos exercícios “Vigilant Ace” com as forças aéreas sul-coreanas, que acontecerão entre 4 e 8 de dezembro. Os EUA também devem posicionar caças F-35 e F-16 e inclusive bombardeiros estratégicos B-1B, informou a agência sul-coreana “Yonhap”.

É a primeira vez que os EUA levam seis F-22 ao mesmo tempo para a península da Coreia, no que constitui outra forte mensagem de advertência para Pyongyang depois que na quarta-feira passada (29), o país lançou o míssil balístico intercontinental Hwasong-15, o seu projétil mais sofisticado até o momento.

Durante os exercícios, os aliados simularão ataques sobre falsas instalações nucleares sul-coreanas e plataformas autopropulsadas como as que o regime de Pyongyang usa para posicionar seus mísseis. Este exercício faz parte do acordo feito em outubro entre Washington e Seul para aumentar o “desdobramento rotacional” de ativos estratégicos americanos na península coreana.

Com isso, ambos os aliados buscam pressionar a Coreia do Norte para que retorne às negociações para deixar seu programa nuclear. Imagens do teste de míssil norte-coreano mais recente divulgadas na quinta-feira, mostraram novos motores de foguete e um design maior que provavelmente deixa Kim Jong-un mais perto de seu objetivo de lançar uma ogiva nuclear contra qualquer alvo do mundo, ainda que sem grande precisão, disseram analistas.

Conselho de Segurança da ONU

Após o último lançamento de míssil balístico pela Coreia do Norte, classificado pela mídia oficial do país como “capaz de atingir qualquer lugar dos Estados Unidos”, o chefe de assuntos políticos das Nações Unidas pediu na quarta-feira (29) que os membros do Conselho de Segurança se unam para prevenir uma escalada.

“Dados os graves riscos associados a qualquer confronto militar, no exercício de sua principal responsabilidade, o Conselho de Segurança precisa fazer tudo o que puder para evitar uma escalada. A unidade no Conselho de Segurança é decisiva”, disse o subsecretário-geral para assuntos políticos, Jeffrey Feltman, em reunião de emergência – a 13ª para discutir a Coreia do Norte em 2017.

O apelo do chefe político da ONU veio depois de o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, ter “condenado fortemente” o lançamento do míssil balístico que, segundo notícias, aterrissou no mar do Japão.

Os repetidos testes nucleares e de mísseis da Coreia do Norte nos últimos dois anos criaram grandes tensões na península coreana e fora dela, disse Feltman, enfatizando que essa dinâmica deve ser revertida e a solução deve ser política.

Ele se reuniu com o representante permanente da Coreia do Norte na ONU para enviar a mensagem do secretário-geral, e sublinhou que “não há nada mais perigoso para a paz e a segurança no mundo do que o que está acontecendo agora na península coreana”.

Em relação à situação humanitária no país, Feltman disse que as necessidades estão aumentando e que a segurança alimentar continua a ser uma preocupação crítica para 70% da população.

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