A Secretaria Estadual da Saúde (SES) anunciou nesta terça-feira (21) que a segunda dose da vacina de reforço contra covid já pode ser aplicada para quem tem idade a partir de 40 anos. O avanço, no entanto, pode variar conforme cada município, conforme os estoques disponíveis às prefeituras.
No atual momento, o governo gaúcho garante ter ampolas suficientes para atender as secretarias municipais da saúde que que vierem solicitar unidades para esse novo público, bem como manter a vacinação dos demais grupos já contemplados.
Em conformidade com nova diretriz do Ministério da Saúde, a recomendação é de que o procedimento seja realizado com o imunizante de Oxford (Astrazeneca), Pfizer ou ou Janssen, após o intervalo de quatro meses da aplicação do primeiro reforço. É necessário ter recebido o primeiro reforço há pelo menos quatro meses.
Nova recomendação da Janssen
Também foi atualizado o esquema recomendado para quem completou o esquema primário com a dose única da Janssen. Nesse caso, adultos (18 anos ou mais) devem receber um segundo reforço quatro meses após o primeiro.
Com a redução para 40 anos na idade mínima da segunda proteção-extra, quem se enquadra em tal faixa etária e recebeu esse fármaco precisará de um terceiro reforço, que deve ser aplicado após o intervalo de quatro meses do segundo.
Em novembro do ano passado, já havia sido recomendado um primeiro reforço para esse público, que deveria ocorrer dois meses após a dose inicial única e poderia ser com os imunizantes da Janssen, Pfizer ou Oxford.
Avanço da imunização no Estado
No começo da noite desta terça-feira, ao menos 5,26 milhões dos 11,4 milhões de habitantes do Rio Grande do Sul estão com o esquema completo de imunização contra covid, ou seja, receberam o primeiro reforço vacinal (após o ciclo básico de duas injeções ou aplicação única, no caso da Janssen) . Essa proporção é de 46,1% e abrange todas os gaúchos a partir dos 12 anos.
Desse contingente, 765,2 mil (cerca de 14%) já foram contemplados com o segundo reforço (também conhecido como “quarta dose”). Atualmente, estão aptos a essa proteção adicional os imunossuprimidos, trabalhadores da linha-de-frente da área da saúde (funcionários de hospitais e postos de saúde, por exemplo) e cidadãos em geral na faixa etária dos 50 aos 59 anos (de forma gradual e escalonada, conforme os estoques de fármacos em cada uma das 497 cidades gaúchas).
O aspecto negativo fica por conta dos 704,9 mil gaúchos aptos a receber a segunda dose (Coronavac, Oxford, Pfizer ou Janssen) ainda estão com o procedimento pendente. O contingente é ainda maior no que se refere ao pessoal que já poderia ter recebido o primeiro reforço mas ainda não “se mexeu”: 2,77 milhões. Ainda não há um estudo sobre os motivos para tal atraso, embora se saiba que a desinformação costuma ter papel decisivo nesse tipo de problema.
(Marcello Campos)