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Câmara deseja repassar R$ 250 milhões recuperados da Lava Jato para CNPq

Gabinete de Moraes avalia se o tema será julgado presencialmente ou no plenário virtual. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

A Câmara dos Deputados pretende usar uma parte dos recursos que foram recuperados pela Lava Jato para pagar bolsas de pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, recebeu uma solicitação para que guarde R$ 250 milhões de um fundo da Petrobras para disponibilizar aos pesquisadores. Bolsistas CNPq de graduação e pós-graduação correm o risco de não receberem os valores em setembro devido à falta de recursos enfrentada pelo órgão.

A floresta amazônica também deve receber recursos para combater às queimadas. Na terça-feira (27), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), enviou uma manifestação ao STF na ação, no qual Moraes vai decidir o que fazer com os R$ 2,5 milhões gerados de uma decisão entre a Justiça dos Estados Unidos e a estatal brasileira. Desse dinheiro recuperado, Maia pediu que R$ 1 bilhão seja destinado para o combate a incêndios na floresta.

Os dois líderes se reuniram na semana passada para conversar sobre o assunto. A ideia é que esse montante pedido para projetos ligados à popularização da ciência e educação seja dirigido ao Ministério da Economia para aliviar a situação do ensino superior.

De acordo com o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, a pasta não vai ter recursos suficientes para pagar as bolsas do CNPq até o final deste ano e pediu mais recursos. O déficit orçamentário do órgão é de R$ 330 milhões. A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) relatou o risco de que 85 mil pesquisadores podem ficar sem bolsas a partir deste mês.

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