A Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou, por esmagadora maioria, medidas para endurecer os controles do programa de isenção de vistos, que beneficia 38 países, para impedir que eventuais jihadistas com passaporte europeu ingressem no país. Por 407 votos contra 19, os representantes aprovaram o projeto de lei, que vai ao Senado para ser submetido à votação em data ainda não definida.
O projeto proíbe que viajantes de 38 países sócios que tenham estado na Síria, Iraque ou Sudão desde março de 2011 sejam isentos de visto. Segundo o texto, eles deverão pedir o visto ante às autoridades norte-americanas. Podem ter entrada negada cidadãos de países como França, Espanha e Chile que tenham viajado nos últimos cinco anos.
O projeto é respaldado pela Casa Branca, após os atentados de Paris (França), perpetrados por extremistas de nacionalidades francesa e belga, que poderiam ter entrado em território norte-americano sem visto. Não foram somente os ataques na capital francesa que levaram à decisão. Somam-se a eles o tiroteio ocorrido em San Bernardino (Califórnia), no qual o casal Syed Farook e Tashfeen Malik abriu fogo em um centro que auxilia pessoas com deficiência. O saldo foi 14 mortos e 21 feridos. O grupo jihadista Estado Islâmico reivindicou os ataques de Paris e assegurou que dois de seus simpatizantes nos EUA cometeram o massacre de San Bernardino.