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Câncer de mama representa 25% dos tumores malignos

Histórico familiar é um dos fatores de risco da doença. (Crédito: Reprodução)

Segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres, o câncer de mama é responsável por cerca de 25% dos novos casos de tumor maligno, a cada ano, segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer). Para especialistas, porém, as chances de cura chegam a até 90% quando o diagnóstico é precoce.

“A gente recomenda o autoexame, pelo menos, uma vez por mês, embora ele não desobrigue a mulher da ida ao médico, que deve ser feita uma vez ao ano”, explica o oncologista da Fundação do Câncer Alfredo Scaff. “O Inca e o Ministério da Saúde recomendam a mamografia, a cada dois anos, para mulheres acima de 50 anos. Mas o médico pode pedir o exame quando houver necessidade.”

Histórico familiar é um dos fatores de risco da doença, assim como a idade avançada, principalmente quando se atinge os 50 anos. “O risco aumenta se a mãe e a irmã tiveram a doença na pré-menopausa; contudo, o câncer de mama de caráter familiar corresponde a apenas 10% dos casos da enfermidade. A idade é outro importante fator de risco”, afirma a oncologista Ana Carolina Nobre de Mello.

O tratamento para o câncer pode ser feito com a retirada do tumor, quimioterapia ou radioterapia. “Há a possibilidade de preservar a mama, tirando só o tumor, se a doença for descoberta no início. Em casos mais avançados, optamos por começar a quimio primeiro e, de acordo com a resposta, é possível preservar a mama também”, explica Marcelo Bello, mastologista e chefe de Divisão Médica do Hospital do Câncer III do Inca, que acrescenta: “Toda mulher tem direito à reconstrução da mama, através da rede pública de saúde”.

Prevenção.

No Brasil, o câncer é a segunda causa de morte por doença, atrás apenas das doenças cardiovasculares. Na estimativa do Inca para o biênio 2016/2017, o País deve registrar 596 mil casos de câncer. Mundialmente, a incidência da enfermidade cresceu 20% na última década.

Uma das melhores maneiras para evitar a doença está ao alcance de qualquer pessoa. Fazer aquela caminhada no parque ou andar de bicicleta perto de casa não tem resultados apenas para eliminar a gordurinha localizada na barriga. A atividade física frequente pode evitar um tumor.

Conforme o Inca, obesidade e sedentarismo juntos são responsáveis por 20% dos casos de câncer de mama, 50% dos carcinomas de endométrio, 25% dos tumores malignos do cólon e 37% de esôfago. O Ministério da Saúde completa que os dois fatores combinados formam a segunda maior causa de câncer que poderia ser prevenida, atrás apenas do tabagismo.

“Exercícios e boa alimentação ajudam antes, durante e depois do paciente se deparar com o câncer. Melhora a qualidade de vida, faz a pessoa se sentir forte e preparada durante o tratamento. E diminui em 60% a reincidência da doença”, garante o oncologista Márcio Almeida. (AG)

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