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Cantora do Afeganistão escapou de ser vendida pela própria família

Sonita Alizadeh ganhou projeção internacional em 2014 com o vídeo da música "Filhas à venda", conseguiu sair do Afeganistão e hoje vive nos Estados Unidos. (Foto: Reprodução)

Sonita Alizadeh, uma rapper do Afeganistão, inspirou-se a escrever uma música quando sua família “teve de vendê-la” para “comprar uma noiva” para seu irmão. “Essas meninas forçadas a se casar precocemente perdem a infância e a esperança”, conta Sonita. A rapper, de 19 anos, ganhou projeção internacional em 2014 com o vídeo da música “Filhas à Venda“, uma crítica à prática da venda de meninas para casamentos, que é comum no Afeganistão.

“Prometida” aos 10 anos. 

A jovem cresceu no Irã, para onde a família se mudou, fugindo da guerra no Afeganistão. Ela tinha apenas 10 anos quando os pais tentaram vendê-la para casar. O casamento acabou não se concretizando, mas aos 16 anos ela soube que a família queria casá-la com um desconhecido.

Protesto. 

Ela gravou o vídeo em protesto contra o casamento planejado, e atraiu atenção internacional para a causa. Acabou sendo contatada por uma ONG internacional de direitos humanos, que obteve um visto de estudante para ela nos Estados Unidos, onde Sonita vive hoje.  “Quando me mudei para os EUA eu não conseguia tirar os rostos dos meus amigos da cabeça – todos machucados  por terem enfrentado suas famílias”, diz ela.

Documentário. 

Sonita terá a vida retratada em um documentário e participa do projeto 100 Women (100 mulheres) da emissora britânica BBC, que apontou as mulheres mais inspiradoras do mundo em 2015. A lista inclui nomes como o da atriz Hilary Swank e o da modelo sudanesa Alek Wek, além de empreendedoras com menos de 30 anos e mulheres inspiradoras com mais de 80 anos.

 

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