A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) deve se apresentar às autoridades italianas ainda nesta semana. Segundo o blog apurou, a parlamentar tem afirmado, nos bastidores e de forma reservada, que aguarda apenas a orientação de seu novo advogado para se apresentar.
Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão por invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pela inserção de documentos falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP), como o mandado de prisão falso contra o o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Além disso, a deputada deve procurar o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), para apresentar novas informações e pedir para ele adiar a declaração de perda do mandato dela.
No sábado, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que Zambelli comece a cumprir a pena de prisão pelos ataques ao sistema do CNJ.
O magistrado também decidiu encaminhar a documentação do caso ao Ministério da Justiça para dar início a um processo de extradição de Zambelli, que deixou o Brasil no final de maio e está atualmente na Itália.
Moraes também determina o envio dos documentos do julgamento à Câmara dos Deputados para que a Casa declare a perda do mandato da parlamentar.
Nesta segunda (9), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, afirmou que a Casa vai cumprir a decisão do STF e irá declarar a perda do mandato de Zambelli.
Ao avaliar a situação da parlamentar, Motta disse que, após o término do julgamento na Corte, não cabe mais à Câmara votar se mantém ou cassa o mandato de Zambelli. Segundo ele, a “decisão judicial tem que ser cumprida”.
A condenação de Carla Zambelli
Ela foi condenada a dez anos de prisão e multa de R$ 2 milhões, em conjunto com o hacker Walter Delgatti Neto, pela invasão ao sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). A decisão também prevê a perda de seu mandato, mas ainda cabe recurso.
Zambelli responde ainda a um processo criminal no Supremo por perseguir, com uma pistola, um homem na véspera do segundo turno das eleições de 2022. Ela é ré por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo.
Como argumento para ter deixado o País, a deputada licenciada alegou que sofre perseguição judicial por questões políticas.